Petrologia e Geoquímica preliminar de vulcões monogenéticos da região de Antofagasta de La Sierra, Altiplano Puna- Andes Centrais.

SANTOS F.S; SOMMER C.; BAEZ W.; ARNOSIO M.; DOS SANTOS PONTES P.

Congreso; VII Simpósio de Vulcanismo e Ambientes Associados; 2022

O vulcanismo monogenético produz, em geral, vulcões de pequeno volume, com diversos estilos de erupção (explosivos e efusivos) incluindo, havaiano, estromboliano e hidrovulcânico. Diversas morfologias vulcânicas são associadas a essa variedade de estilos de erupção, incluindo cones de escória, domos, pequenos vulcões em escudo, tuff rings, tuff cones e maares, além de fluxos de lavas associados a sistemas fissurais. Na maioria dos casos, a gênese dos vulcões monogenéticos está vinculada a erupções de pequena intensidade e duração (horas a anos) e as composições basálticas a andesíticas. Entre os vários ambientes onde podem ocorrer os vulcões monogenéticos, destaca-se a porção sul do Altiplano Puna, nos Andes Centrais, destacando a região de Antofagasta de La Sierra, Província de Catamarca, Argentina. O vulcanismo máfico de back-arc presente no Sul da Puna é caracterizado por cones de escória, domos de lava, fluxos de lava, tuff rings e maares agrupados em pequenos campos vulcânicos, localizados na Bacia de Antofagasta de La Sierra (ASB). O Altiplano Puna tem uma história geológica complexa, caracterizada pela predominância de sequências vulcânicas que podem ser agrupadas em três grandes associações: associação de estratovulcões andesítico- dacíticos, extensos e volumosos depósitos de ignimbritos e domos de lavas, de composição dacítica- riolítica e vulcões monogenéticos e fluxos de lava associados de composição básico- intermediária, de pequeno volume. O objetivo deste estudo é contribuir para a melhor compreensão dos processos magmáticos atuantes em vulcões máficos monogenéticos na região de Antofagasta de La Sierra, através de dados petrográficos e geoquímicos. Os produtos piroclásticos e efusivos são comuns em todas as morfologias vulcânicas monogenéticas. Entre os piroclastos predominam as composições juvenis (cristais e vítreos) que ocorrem em dimensões variáveis: lápilli >> bomba>> cinza. Todas as rochas são petrograficamente classificadas como basaltos e andesito. No geral, as rochas associadas aos cones de escória são porfiríticas com fenocristais de olivina (20%), clinopiroxênio (5%) e plagioclásio (10%) em uma matriz pilotaxítica a intersetal, formada por micrólitos de plagioclásio (20%), clinopiroxênio (15%), opacos (2%) e vidros (25%). Dados geoquímicos preliminares demonstram que as amostras de todo o sistema vulcânico ocupam o trend das séries subalcalinas, próximo ao limite das séries alcalinas, variando composicionalmente entre basaltos, andesito- basálticos e andesitos. Algumas amostram mais evoluídas tendem a ser mais alcalinas, esse comportamento é corroborado com uso de elementos traços e de baixa imobilidade, onde o sistema vulcânico tende a um comportamento mais alcalino. A tendência alto-potássico pode ser observada tanto pela relação de SiO2 x K2O como pelo uso de elementos traços. As rochas também são metaluminosas visto a proporção molar entre álcalis e alumina.