INVESTIGADORES
VERZI diego Hector
congresos y reuniones científicas
Título:
Os Roedores Echimyidae (Caviomorpha: Mammalia) Do Pleistoceno Final Do Norte Do Brasil
Autor/es:
FERREIRA T.M.; OLIVARES, A.I.; DOS SANTOS AVILLA, L.; VERZI, D.H.
Lugar:
Gramado, Rio Grande do Sul
Reunión:
Congreso; 7° Congresso Brasileiro de Paleontología; 2014
Resumen:
Aurora do Tocantins localiza-se no sudeste do Tocantins e possui o quarto maior acervo de cavernas do Brasil. Nos anos de 2009 a 2012, o Laboratório de Mastozoologia da UNIRIO realizou expedições paleontológicas nesta localidade, a fim de inventariar os fósseis de mamíferos Quaternários e tentar reconhecer aspectos paleoclimáticos. Os fósseis foram coletados da desagregação de rochas da Gruta dos Moura, esse produto foi lavado, peneirado e triado. Dentre os vertebrados associados, realizaram-se datações com Ressonância de Spin Eletrônico, que resultaram entre 22.000-18.000 Ap. Assim, selecionaram-se os Echimyidae para identificação por comparações morfológicas (em coleções e na literatura específica) e, foram reconhecidos três táxons. O taxon mais abundante foi Thrichomys, representado por 19 molares superiores e inferiores isolados com distintos graus de desgaste, e uma hemimandíbula direita de indivíduo juvenil com série dp4-m2. Os molares são muito similares entre as espécies de Thrichomys, contudo, os espécimes desta caverna são mais semelhantes a T. pachyurus. O segundo táxon mais abundante foi Makalata. Um dos exemplares corresponde provavelmente a um M1 direito e seu último lofo apresenta uma ligeira convexidade mediana, muito semelhante à observada em Makalata didelphoides. Além disso, o último flexo abre-se apenas para face labial e fecha-se para a lingual, como em M. didelphoides e diferente das demais espécies do gênero. O segundo espécime relacionado a este táxon é um dp4 tetralofodonte direito de um exemplar juvenil. Por fim, o táxon Proechimys foi reconhecido, até o momento apenas por um molar esquerdo. Os três flexos com igual profundidade em seu plano oclusal o diferencia de Trinomys, Mesomys e Isothrix que possuem mesoflexo mais curto. O marcado desenvolvimento da última fosseta o diferencia de Thrichomys. É difícil assinalar este a alguma espécie deste gênero porque a morfologia molar difere pouco entre elas. Nesta localidade é registrada atualmente P. roberti, entretanto esta espécie possui molares com flexos mais profundos na superfície oclusal que o descrito aqui. Uma associação dessa diversidade com o ambiente que cada espécie ocupa atualmente, indica que a região do entorno da Gruta dos Moura apresentava um Cerrado heterogêneo com formações abertas (pela presença de T. pachyarus), Matas de Galeria (por Proechimys) e também de áreas florestais sazonalmente inundadas (M. didelphoides), não muito diferente do Cerrado atual que envolve as cavernas. Essa ?imutabilidade? ambiental não era esperada. Pois, segundo a datação realizada esses Echimyidae teriam vivido durante o Ultimo Máximo Glacial, considerado o auge dos climas mais secos e das áreas mais abertas na América do Sul.