INVESTIGADORES
ANJOS DOS SANTOS Danielle
congresos y reuniones científicas
Título:
A coleção de Plecoptera do Museu Nacional.
Autor/es:
SILVA, F. A. C.; ALMEIDA, G.L.; ANJOS DOS SANTOS D.
Lugar:
Rio de Janeiro
Reunión:
Simposio; I Simpósio de Entomología de Río de Janeiro; 2011
Institución organizadora:
Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro
Resumen:
O Museu Nacional é o mais antigo museu brasileiro, bem como a primeira Instituição científica criada no país. Fundado em 6 de junho de 1818 por D. João VI, já como um símbolo de progresso e da ciência, o Museu vem ao longo de seus quase duzentos anos de história, servindo como um fiel depositário de expedições e pesquisas de diversas áreas, dentre elas Antropologia, Arqueologia, Paleontologia, e claro, Zoologia. As Coleções zoológicas do Museu Nacional possuem um dos maiores acervos da América Latina, sendo o acervo entomológico constituído por cerca de 4,6 milhões de exemplares. A Coleção de Plecoptera conta com um pequeno número de exemplares oriundos de coletas realizadas em expedições do Museu Nacional e doações de outras Instituições (Avelino-Capistrano & Costa, 2009, Biotaneotropica, 9(4): 1-4). Materiais e Métodos: Durante a execução deste trabalho, um minucioso levantamento foi realizado, associado concomitantemente ao serviço de curadoria da coleção. O material em via seca foi limpo, re-etiquetado e tombado. O material em via úmida, que antes se encontrava em potes de diversos tamanhos, foi substituído por tubos de ensaio novos, de tamanho padronizado. Os tubos foram acondicionados em potes plásticos, também com dimensões padronizadas, contendo álcool a 70%, com rótulos externos indicando o gênero ou a espécie contida em seu interior. Novas etiquetas foram elaboradas, atualizando informações das localidades e substituindo as que estavam deterioradas. Entretanto, as etiquetas antigas que se encontravam em bom estado foram mantidas junto com as novas. Foi gerado um livro tombo em versão digital e impressa,, já que não havia nenhum anterior,apenas um fichário antigo contendo informações adicionais das localidades. O livro foi ordenado numericamente em algarismos arábicos, sendo o tombamento iniciado dos exemplares mais antigos para os mais recentes. Ambas as versões do livro tombo encontram-se disponíveis no Departamento de Entomologia. Resultados: Foram examinados aproximadamente 2.700 exemplares distribuídos em 924 lotes, compreendendo 23 espécies e morfotipos, entre eles 57 exemplares-tipo. No material depositado nesta coleção são encontrados representantes das duas famílias registradas no Brasil, Perlidae, com três gêneros (Anacroneuria Klapálek 1909, Kempnyia Klapálek 1916 e Macrogynoplax Enderlein 1909) e Gripopterygidae (Gripopteryx Pictet 1841, Guaranyperla Froehlich 2001, Paragripopteryx Enderlein 1909 e Tupiperla Frohelich 1969), exceto Enderleina Jewett 1960, que é endêmico da Região Norte. A coleção possui exemplares de 13 estados (mais o Distrito Federal). A maior parte do material é oriundo das Regiões Sul e Sudeste, porém da Região Nordeste não há nenhum exemplar. Entre os principais colaboradores da coleção, encontram-se Pedro Wygodzinsky, Dalcy Albuquerque, Claudio Froehlich (USP), Newton D. Santos, Lauro Travassos, Rosalys Guayba, Gisele L. Almeida e Fernanda Avelino-Capistrano da Silva. Conclusões: A Coleção de Plecoptera do Museu Nacional é uma das mais importantes coleções do Brasil. Mesmo sendo uma coleção pequena em tamanho, esta abriga exemplares importantíssimos, como o tipo de Anacroneuria furforosa e Gripopteryx maculosa, ambas descritas por Jewett em 1969 durante sua visita ao Museu, bem como exemplares e parátipos de diversas outras espécies e localidades do Brasil. Desta forma, a perpetuação desta coleção se faz necessária para as atuais e futuras gerações de estudantes e pesquisadores da Ordem Plecoptera.