BECAS
OVIEDO DIEGO Mariela AnahÍ
congresos y reuniones científicas
Título:
Ordem menores de aracnídeos, menos especialistas mulheres? Qual a extensão e impacto do preconceito de gênero na subárea
Autor/es:
ANA LÚCIA TOURINHO; MARILIA PESSOA-SILVA; CATALINA ROMERO ORTIZ; MARIELA OVIEDO DIEGO; LIDIANNE SALVATIERRA
Reunión:
Congreso; VI Congreso Latinoamericano de Aracnología; 2020
Institución organizadora:
Museo Argentino de Cs. Naturales
Resumen:
PÁGINA 30 -Para entender o real impacto do preconceito de gênero nas diferentes áreas da ciência é fundamental realizar um diagnóstico da representação feminina tanto formativa quanto produtiva nas subáreas científicas. Na aracnologia o preconceito de gênero é acentuado e se manifesta em todas as subáreas, mas varia em intensidade se acirrando agudamente em algumas delas. Nessas áreas, o mesmo dificulta dramaticamente o desenvolvimento das carreiras de cientistas aracnólogas que objetivam desenvolver suas pesquisas nessas subáreas. Além disto, reforça, por fim, o efeito tesoura ou "leaking pipe" prevalente no acesso dessas pesquisadoras ao topo da pirâmide na ciência. Realizamos um estudo preliminar onde investigamos a participação profissional de aracnólogas com expertise nas subordens de aracnídeos consideradas mesodiversas (Scorpiones) e microdiversas (Ricinulei, Palpigradi, Uropygi, Amblypygi, Solifuga, Pseudoscorpiones e Schizomida). Avaliamos a participação dessas profissionais em produções científicas como: publicações de artigos, participação e apresentações de trabalhos nos principais eventos científicos, lideranças nas autorias em publicações científicas e presença em comitês de avaliação editoriais das principais revistas na área. Para entender melhor os padrões do preconceito de gênero nesta área medimos a presença e impacto do mesmo em cada uma dessas subáreas, isoladamente e dentro de ordem menores coletivamente levando em consideração também seu comportamento de acordo com as linhas de pesquisa (comportamento, ecologia, sistemática, interesse médico, etc). Nossos dados revelam a prevalência constante de um funil muito estreito, tanto nas subáreas supracitadas como no coletivo ordem menores, afetando a presença, permanência e acesso de mulheres investigadoras nessas subáreas. Este funil de exclusão (tesoura-leaking pipe), é mais estreito e se apresenta com mais força nas áreas aqui investigadas do que o observado na araneologia e opilionogia. Os dados mais alarmantes demonstram ainda que, mesmo quando eventualmente ocorre a presença expressiva e prolongada de uma única liderança feminina em algumas linhas de pesquisas dentro dessas subáreas, como Ricinulei por exemplo, os efeitos da exclusão de gênero em colaborações e comitês editoriais é premente. Este se comporta de forma estruturada mesmo quando tanto a experiência prática (em coleta e observação em campo) quanto a laboratorial, e a produção dessas cientistas em muito ultrapassa em número e em impacto aquelas de investigadores e/ou editores masculinos das principais revistas avaliadas aqui.