INVESTIGADORES
BUIS Emiliano Jeronimo
congresos y reuniones científicas
Título:
Crises, hegemonias e colonialismos clássicos: repensando a antiga *internacionalidade* da (e para a) América Latina
Autor/es:
BUIS, EMILIANO JERÓNIMO
Lugar:
Belém do Pará
Reunión:
Congreso; XXIV Congresso da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos *Antiguidade(s): Transposições e Vertentes*; 2023
Institución organizadora:
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos - Universidade Federal do Pará
Resumen:
Desde a modernidade, o foco do direito internacional tem sido a consolidação de um sistema de estados baseado na igualdade jurídica das nações soberanas. Sob esse modelo, o imperialismo foi relegado à esfera extrajurídica porque sua lógica política era baseada na desigualdade, na supremacia econômica e na conquista territorial. Somente com o advento das teorias críticas das relações internacionais, provenientes da Ásia, África e América Latina, novas perspectivas de análise voltadas para o pós-colonialismo recuperaram as profundas divergências entre os países e postularam interpretações originais da ordem mundial que, longe do eurocentrismo e das leituras do centro, postulam visões periféricas que dão conta das ansiedades imperiais e desmantelam as estratégias de intervenção que permearam sutilmente as relações interestatais sob um aparente equilíbrio. Com base nessas considerações, aquí tratarei das operações retóricas que se consolidaram na Grécia clássica para garantir a supremacia e a opressão dos "outros" à luz de uma complexa retórica de controle que, muito antes da consagração do colonialismo, frutificou ao impor um falso equilíbrio de poder entre as *póleis* por meio de uma construção discursiva fortemente ideológica da alteridade. O objetivo de minha apresentação será, portanto, analisar as representações do discurso imperial na antiguidade grega a fim de contribuir para uma melhor compreensão das bases regulatórias do direito internacional antes da lógica *colonial* moderna, sobre tudo a partir de uma perspectiva latinoamericana. Ao mesmo tempo, examinar, em algumas fontes atenienses, o efeito emotivo das metáforas e analogias interpessoais (por exemplo, amigos, mestres/libertos, cônjuges) na construção retórica de uma política externa sólida, sustentada pela dialética normativa de imposição e subordinação.