Trabalho e valor no capitalismo contemporáneo

MÍGUEZ , PABLO FERNANDO

Autografía Edicao y Comunicacao

Lugar: Río de Janeiro; Año: 2018 p. 232

978-85-518-1276-1

A Economia Política tem colocado desde a sua criação no centro das suas preocupações a questão da origem da riqueza. Riqueza, trabalho e valor nem sempre estiveram associados. Em contrapartida, recentemente, com o advento do capitalismo esse vínculo se torna possível e em termos de pensamento econômico, a obra de Adam Smith. Antes do nascimento dessa disciplina, a riqueza foi aceita, mas sempre com moderação. Na Grécia Antiga, quando a riqueza ultrapassava um determinado nível era capaz de corroer a unidade da polis, de acordo com Aristóteles. Na Idade Média, Santo Tomas explicitamente condenava a usura - o empréstimo com interesses ? como forma de enriquecimento e, como é sabido, os valores religiosos se opunham àqueles necessários para a acumulação do capital. No entanto, esta convicção inicial será posteriormente revista e começarão investigações sobre as causas e legitimidade de riqueza, especialmente quando o crédito se torna uma ferramenta indispensável para a expansão da revolução industrial e a partir daí para manter o desenvolvimento capitalista.Esclarecer a relação entre valor e trabalho requer determinar detalhadamente a relação entre valor e tempo de trabalho. A análise marxista convencional esteve longe de dardestaque a estas considerações e movimentou-se em torno de uma economia marxista baseada no trabalho, mas atribuindo a ele uns efeitos tão distantes sobre a acumulaçãode capital que era difícil considerar o problema resolvido. A concorrência entre capitais, a centralização e concentração do capital ocuparam o centro do palco, bem como as discussões sobre conceitos e questões que fazem parte do Volume III de O Capital.