INVESTIGADORES
MARRERO Hugo Javier
artículos
Título:
Relações tri-tróficas entre plantas hospedeiras – percevejos (hemiptera: pentatomidae) - Parasitóides de ovos (hymenoptera: scelionidae) em Cultura de soja do Distrito Federal
Autor/es:
VIEIRA C. R.; BORGES M.; MORAES M.C.B.; MARRERO H.J.; LAUMANN R. A.
Revista:
Documentos Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
Editorial:
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
Referencias:
Año: 2008 p. 1 - 22
ISSN:
0102-0110
Resumen:
Para um uso eficaz de parasitóides como agentes de controle, é preciso conhecer aspectos da bioecologia destes insetos e de seus hospedeiros. Neste trabalho, realizaram-se estudos numa área experimental que consistiu em um campo de soja de 3 ha, delimitado por uma área de vegetação natural (mata ciliar), uma área de restos de cultura de entressafra (sorgo), uma área de pastagem e uma área da própria cultura (10 ha). O trabalho esteve orientado para determinar a dinâmica de colonização da cultura por percevejos e seus inimigos naturais (parasitóides de ovos), as flutuações populacionais dessas duas guildas de insetos e o índice de parasitismo. Foram utilizadas armadilhas adesivas, panos de batida e cartelas de ovos sentinela, distribuídos em parcelas de 2500 m2 na cultura e nas áreas vizinhas, com monitoramento semanal durante todo o ciclo da cultura. Os resultados obtidos indicam que a estrutura da vegetação adjacente às áreas cultivadas influenciou na dinâmica de colonização das culturas pelos percevejos e os parasitóides. A colonização da cultura foi iniciada no período reprodutivo (inicio da floração), e os percevejos colonizaram a cultura, principalmente a partir de áreas previamente cultivadas com sorgo. Foi constatada uma influência importante das plantas invasoras na distribuição dos percevejos, já que parcelas com alta densidade de picão (Bidens pilosa) e carrapicho de carneiro (Acanthospermum hispidum) apresentaram os maiores índices de percevejos. A dinâmica de colonização da cultura pelos parasitóides mostrou o mesmo efeito. A influência de áreas com vegetação nativa (mata de galeria) nas populações de percevejos e parasitóides foi pouco relevante. Os resultados deste trabalho sugerem que a colonização e as flutuações de percevejos e parasitóides em áreas cultivadas está fortemente condicionada pela vegetação adjacente, principalmente de culturas de entressafra e pelas plantas invasoras. Este fato deve ser considerado em programas de manejo de percevejos-praga, principalmente aqueles baseados em uso de controle biológico com parasitóides de ovos. Contudo para uma melhor compreensão dos efeitos da diversidade vegetal na dinâmica ecológica de percevejos e seus inimigos naturais é necessário estender este estudo em uma maior escala espaço temporal.