Movimentos associativos feministas no futebol do Brasil e Argentina: dilemas e perspectivas principais de suas ações coletivas

ROSANA DA CAMARA TEIXEIRA; VERÓNICA MOREIRA

Rio de Janeiro

Congreso; Reunión de Antropología del Mercosur; 2023

O associativismo torcedor em torno do futebol profissional passou por profundas e importantes transformações. Diálogos entre grupos de diferentes espectros e configurações, mobilizações coletivas e criação de coalizões mais amplas para lutar por direitos no espaço público estão entre as principais características desses movimentos que objetivam abstrair suas rivalidades em torno de causas comuns. O ativismo torcedor, assim, ganhou as arenas públicas estabelecendo mediações políticas, formulando reivindicações e produzindo documentos que pautaram ações, a busca de interlocutores no governo e o reconhecimento social para suas demandas. Entre os movimentos que ganharam destaque nos últimos anos, se encontram, por um lado, o Movimento Mulheres de Arquibancada (2017) do Brasil, que reuniu cerca de 300 torcedoras organizadas para lutar por mais autonomia em suas entidades, mas igualmente contra o assédio nos estádios de futebol; por outro lado, a Coordinadora sin Fronteras del Fútbol Feminista na Argentina, que surgiu em 2018 no 33º Encontro Nacional de Mulheres como um espaço de articulação, visibilidade, promoção e denúncia dos diversos obstáculos e problemas para mulheres e pessoas LGBTIQ+.Esta apresentação pretende discutir significados desses movimentos associativos, suas características, agendas de reivindicações, impactos, dilemas e perspectivas principais de suas ações coletivas nas arenas públicas no âmbito dos debates sobre os Direitos dxs Torcedorxs de futebol.