Experiências culturais/artísticas (trans)feministas como outras formas de fazer antropologia

PAÍS ANDRADE. MARCELA A.

Evora

Congreso; VIII CONGRESO DE ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ANTROPOLOGIA (APA); 2022

Universidad de Évora

A partir de um estudo interseccional-decolonial sobre diferentes experiências artístico-culturais (trans)feministas na Argentina e no Estado espanhol no contexto da pandemia de COVID-19, reconfiguramos três dimensões -ética, estética e política- que deram significado metódico e teórico para a compreensão das subjetividades, práticas e estratégias analisadas. Essas dimensões de análise nos abriram para a possibilidade de (re)configurar metodologias transdisciplinares e críticas que possam dar conta desses processos em suas formas locais e interconectadas. Da mesma forma, nos desafiou a repensar as construções sobre as categorias, os métodos, a(s) ética(s) e estética(s) apropriada(s) para investigar a política do campo cultural/artístico. Portanto, neste trabalho é interessante aprofundar o que chamamos de dimensão estética como modos ativos de fazer antropologia. Para isso, ressignificaremos os diálogos entre estar com/para/no campo e a revisão das próprias categorias investigativas. Observamos nesse processo como os significados do cultural e do genérico são ressignificados como espaços de experimentação cotidiana e política (re)produzindo “outros” modos de ser e estar no mundo. Ao mesmo tempo, permite rever os procedimentos disciplinares da própria antropologia para imaginar “outras” formas de projetar transições transdisciplinares.