INVESTIGADORES
MORENO Daniela Maria Del Valle
congresos y reuniones científicas
Título:
Qualidade de uvas de mesa produzidas no norte do estado do Rio de Janeiro
Autor/es:
GUIMARÃES, J.C.; MORENO, D.; HESPANHOL-VIANA, L.; RIBEIRO, L.S.; BRESSAN-SMITH, R.
Lugar:
Cabo Frio, Rio de Janeiro, Brasil
Reunión:
Congreso; XIX Congresso Brasileiro de Fruticultura; 2006
Institución organizadora:
Sociedade Brasileira de Fruticultura
Resumen:
Entre as fruteiras, a uva é o cultivo agrícola de maior importância econômica mundial. No Brasil, a indústria tem utilizado a uva principalmente para a fabricação de vinho e sucos prontos para o consumo num mercado de pouca restrição, com grande potencial de crescimento. Apesar da produtividade nacional de uvas ter mostrado avanço na ultima década, o país não dispõe de quantidade suficiente para atender o mercado interno, sendo necessário recorrer à importação em alguns períodos do ano. Tradicionalmente, no Brasil, a uva tem sido cultivada em regiões de clima temperado, mas nos últimos anos, há uma crescente demanda para a sua exploração em regiões tropicais, de clima quente com baixa precipitação e ocorrência de alta luminosidade. A implantação da cultura da uva na região Norte Fluminense pode proporcionar aos viticultores uma excelente fonte de renda, com amplas possibilidades de geração de empregos e fornecimento de matéria prima para as indústrias de suco e de doces da região. Diante disso, com o objetivo de testar a qualidade de uvas de mesa, nas condições climáticas vigentes no Norte do estado do Rio de Janeiro, foram avaliadas algumas características qualitativas das variedades de uva Vitis labrusca (Niágara Rosada e Isabel) e V. vinifera (Moscatel, Romana e Itália). Brix, pH e acidez total titulável (ATT) foram avaliados nas diferentes variedades na época da colheita. As variedades se apresentaram bem adaptadas à região, alcançando valores desejados para comercialização, nas variáveis analisadas. N. Rosada, Moscatel e Itália mostraram os menores valores de ATT e os maiores valores de pH, fazendo delas apropriadas para o consumo “in natura”. No entanto, Romana, variedade apirénica, mais apreciada para a comercialização, alcançou maiores valores de °Brix e ATT, e valores intermediários de pH em relação às variedades anteriormente citadas, talvez devido à colheita precoce. Isabel, muito utilizada para a indústria de sucos e vinhos, mostrou os valores de pH mais ácidos, menor °Brix e maior ATT. Os resultados mostraram que as uvas produzidas no Norte Fluminense possuem qualidade adequada para o consumo e comercialização, inclusive mostrando valores das variáveis maiores do que as uvas produzidas nas regiões de clima temperado.