INVESTIGADORES
SALAS Maria Jose
congresos y reuniones científicas
Título:
Ostracodes do Hirnantiano na América do Sul (Bacia do Paraná, Ordoviciano Tardio): Implicações cronobioestratigráficas paleogeograficas
Autor/es:
REILY, LIVIO; DO CARMO, DERMEVAL APARECIDO; ANTONIETTO, LUCAS SILVEIRA; SALAS, MARIA JOSE; ADÔRNO, RODRIGO RODRIGUES; MEIDLA, TÕNU; MATHEUS DENEZINE; RODRIGUES, LIVIA CARDOSO; ASSINE, MARIO LUIS
Lugar:
Brasilia
Reunión:
Congreso; 50° Congresso Brasileiro de Geologia; 2021
Resumen:
: O presente trabalho registra a primeira ocorrência de ostracodes na Formação Iapó, Hirnantiano, Grupo Rio Ivaí, seção Fazenda Três Barras, Estado de Goiás, bacia do Paraná, Brasil, América do Sul. Duas espécies de ostracodes ocorrem na Formação Iapó: Harpabollia harparum (Troedsson, 1918) e Satiellina paranaensis Adôrno e Salas, 2016. Destas, apenas Satiellina paranaensis Adôrno e Salas, 2016 ocorre na porção inferior da Formação Vila Maria. A ocorrência de Harpabollia harparum (Troedsson, 1918) na Formação Iapó indica que a deposição sedimentar ocorreu durante o Hirnatiano, pois trata-se de espécie índice desse intervalo. Essas duas espécies são características de paleoambientes marinhos sob condições glaciais e peri-glaciais. Esta interpretação corrobora estudos prévios da sedimentação da Formação Iapó que indicaram essas condições paleoambientais. As ocorrências de Harpabollia harparum (Troedsson, 1918), bem como Satiellina biloba (Troedsson, 1918), Satiellina henningsmoeni (Nion 1972), Satiellina delgadoi (Vannier, 1983), Satiellina jamairiensis (Vannier, 1986) e Satiellina paranaensis Adôrno & Salas 2016 são comuns em áreas influenciadas por condições marinhas glaciais, como na Baltoscandia, norte da África, Iber-Armorica, Alpes Carnic, Bohemia e América do Sul. Duas dessas seis espécies, apenas Harpabollia harparum (Troedsson, 1918) e Satiellina paranaensis Adôrno e Salas, 2016 ocorrem no Brasil. Harpabollia harparum (Troedsson, 1918) ocorre na Formação Iapó, mas, as ocorrências de Satiellina paranaensis Adôrno e Salas, 2016 são mais amplas e incluem níveis argilosos inferiores da Formação Vila Maria. Com base nesse padrão de ocorrências infere-se que a porção inferior da Formação Vila Maria também seria do Hirnantiano. As porções media e superior da Formação Vila Maria, com base na datação absoluta e de outros fósseis, seria do Ruddaniano. Adicionalmente, com base na ocorrência de Satiellina paranaensis Adôrno & Salas, 2016 em ambas formações pode-se inferir uma deposição sedimentar contínua durante o Hirnantiano tardio e o Ruddaniano. AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem ao CNPq pelo auxílio no desenvolvimento do projeto ?Glaciações Neo-Ordovicina na bacia do Paraná e correlação com bacias Gondwânicas? e também à CAPES pelo acesso ao Portal PERIÓDICOS CAPES. O primeiro autor agradece ao CNPq e à FAPDF pela concessão da bolsa de iniciação científica. L.C. S. Rodrigues agradece à CAPES pela concessão de bolsa de Doutorado.