INVESTIGADORES
LORENZANO Pablo Julio
libros
Título:
Ciências da vida: estudos filosóficos e históricos
Autor/es:
LORENZANO, PABLO; PEREIRA MARTINS, LILIAN A.-C.; REGNER, ANNA CAROLINA K.P.
Editorial:
Associação de Filosofia e História da Ciência do Cone Sul
Referencias:
Lugar: Campinas; Año: 2006 p. 468
ISSN:
85-904198-3-5
Resumen:
Ciencias de la vida: estudios filosóficos e históricos constitui o segundo volume da Coleção Filosofia e História da Ciência no Cone Sul. O presente volume apresenta uma amostra significativa do que vem sendo pesquisado no campo de História e Filosofia das Ciências da Vida pelos membros da Associação de Filosofia e História da Ciência do Cone Sul (AFHIC) que se dedicam a essas áreas de estudo. As contribuições aparecem nos idiomas originais dos autores (castelhano e português). Iniciando com as contribuições referentes à Filosofia da Ciência, temos o artigo de Anna Carolina Regner onde ela trata do grande motor da tarefa explicativa darwiniana: o conceito de causalidade. A seguir, está o artigo de Aldo Mellender Araújo. Levando em conta o período compreendido entre a contribuição darwiniana e a síntese evolutiva e seus desdobramentos, ele discute se estamos presenciando o desenvolvimento de um novo paradigma teórico para a evolução biológica. Na seqüência, Eduardo Musachio analisa as dificuldades apresentadas pela teoria de evolução durante a primeira grande guerra e suas conseqüências, concentrando-se no darwinismo e neo-darwinismo. Guillermo M. Denegri faz uma reflexão de como a filosofia muitas vezes pode contribuir para evidenciar pressupostos que passam desapercebidos na rotina do trabalho científico, utilizando como exemplo seu trabalho em parasitologia experimental. Gustavo Caponi trata da polêmica relação entre física e biologia, defendendo o reducionismo dentro da perspectiva molecular para a biologia funcional, nos moldes adotados por François Jacob. Hector Palma e Eduardo Wolovelsky analisam as premissas que estão presentes nos debates que marcam o ressurgimento dos programas de eugenia (eugenia liberal), apontando as diferenças em relação àquelas encontradas nos programas de fins do século XIX e início do século XX. Pablo Lorenzano discute o surgimento de um programa de pesquisa em genética, o ?mendelismo? de Bateson e colaboradores. Sergio Menna apresenta uma reconstrução racional alternativa para o descobrimento do DNA por Francis Crick e James Watson. Santiago Ginnobili analisa a relação existente entre o termo teórico ?espécie? e a teoria da seleção natural de Darwin, a partir de uma perspectiva estruturalista. Suzana La Rocca e Gladys Martínez tratam das diversas alternativas quanto aos status da teoria darwinista sob o ponto de vista epistemológico. Vicente Dressino e Suzana Gisela Lamas comentam acerca do impacto trazido pelas contribuições de novos núcleos disciplinares sobre a teoria sintética da evolução, indagando se bastaria expandi-la ou se haveria a necessidade da introdução de um novo marco teórico para explicar os processos evolutivos. Passando aos trabalhos de História da Ciência, César Lorenzano faz uma análise crítica da versão de Delaporte sobre a doença de Chagas, revendo a contribuição de Salvador Mazza. Ivoni Reis comenta acerca das contribuições de Rychard Bostocke para a química médica e seu contexto. Lilian A.-C. P. Martins revê e discute o significado do termo ?darwinismo?, discutindo se é procedente a posição de alguns autores que consideram o Material for the study of variation de W. Bateson como um ataque ao ?darwinismo?. Luzia A. Castañeda analisa a concepção de vida em Darwin, a partir de suas teorias de evolução e hereditariedade. Nadir Ferrari analisa as contribuições de Newton Freire-Maia para a Genética humana no Brasil. Paulo A. Porto trata da inter-relação entre a teoria da matéria e as concepções médicas em Van Helmont, a partir do conceito de archeus. Sandra Caponi analisa a maneira pela qual os pesquisadores argentinos e brasileiros do final do século XIX e início do século XX construíram seus programas de pesquisa referentes às doenças tropicais. A História e a Filosofia da Biologia são estudos meta ? científicos interdependentes que muitas vezes se completam e ocupam atualmente um espaço importante no panorama internacional. Estes estudos oferecem uma ampla gama de enfoques possíveis. Esta diversidade se reflete nas contribuições dos pesquisadores da AFHIC que integram este volume. Por fim, gostaríamos de agradecer a todos aqueles que, de um modo ou de outro contribuíram para esta publicação, incluindo os que atuaram como árbitros.