INVESTIGADORES
RODRIGUEZ Diego Horacio
congresos y reuniones científicas
Título:
DIVERSIDADE GENÉTICA E ESTRUTURA POPULACIONAL DO LOBO-MARINHO SUL-AMERICANO, Arctocephalus australis AO LONGO DA COSTA ATLÂNTICA DA AMÉRICA DO SUL
Autor/es:
ABREU,A; DE OLIVEIRA, L; CRESPO, E; RODRÍGUEZ, D; FRANCO TRECU, V; BONATO, SL
Reunión:
Congreso; XIV Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul (RT); 2010
Resumen:
O lobo-marinho sul-americano, Arctocephalus australis, é um dos otariídeos mais amplamente distribuídos ao longo do Hemisfério Sul, possuindo colônias reprodutivas tanto na costa Atlântica quanto Pacífica da América do Sul. Contudo, a distribuição das diversas populações de A. australis não é contínua. No Pacífico, existe um hiato de aproximadamente 2.000km entre Mejillones (22o00´S) e a Ilha Chiloé (43o54´S) (Chile). No Atlântico as colônias reprodutivas estão mais concentradas no Uruguai e Argentina. Estudos moleculares e craniométricos sugerem que as populações do Pacífico e Atlântico apresentam diferenças significativas e que estariam isoladas geograficamente, sendo consideradas unidades evolutivamente significativas. Contudo, atualmente exitem poucas informações sobre a existência de estruturação dentro destas unidades. Neste sentido, o presente trabalho apresenta os primeiros dados sobre a variabilidade genética e estruturação geográfica das populações de A. australis do Atlântico para a região controladora do DNA mitocondrial (mtDNA). Foram analisadas 96 sequências: Brasil n=26, Uruguai n=6 e Argentina n=64. A análise da região consenso (267pb) das seqüências de mtDNA revelou a existência de 39 sítios polimórficos, resultando em 43 haplótipos distintos, dos quais 25 foram exclusivos para Argentina, dois para o Uruguai e oito para o Brasil. As diversidades haplotípica (h) e nucleotídica (π) observadas para a espécie como um todo (isto é, as três populações em conjunto) foram h=0,9169 e π=0,0129. Todas as populações apresentaram elevados níveis de diversidade genética: Argentina (h=0,9335 e π=0,0142, Brasil (h=0,783 e π=0,0108) e Uruguai (h=1,0000 e π=0,0098). Os resultados das análises de variância molecular (AMOVA) revelaram que toda a variação observada encontra-se entre os indivíduos dentro de cada população. Os valores de FST próximos à zero e não significativos mostram a ausência de diferenciação geográfica. Os resultados dos índices de neutralidade observados (Fs de Fu: -26,2174, P