IBONE   05434
INSTITUTO DE BOTANICA DEL NORDESTE
Unidad Ejecutora - UE
congresos y reuniones científicas
Título:
Nova espécie do gênero Matayba sect. Matayba (Sapindaceae) para o Brasil
Autor/es:
GAYOSO COELHO R.L., CASTRO SOUZA V. & FERRUCCI M.S.
Lugar:
Natal, Rio Grande do Norte
Reunión:
Congreso; 59º Congreso Nacional Botânica, Natal, RN, Brasil; 2008
Institución organizadora:
Sociedade Brasileira de Botanica
Resumen:
O gênero Matayba conta com 56 espécies arbustivas ou arbóreas, distribuídas desde o México até o norte da Argentina e no Brasil são 26 espécies presentes nos cerrados, campos, florestas de restinga e a floresta atlântica. Matayba Sect. Matayba é a maior seção do gênero em número de espécies (18) e está presente apenas na América do Sul. No Brasil a seção está distribuída predominantemente fora da Amazônia, com exceção de M. guianensis de ampla distribuição e M. artropurpurea que ocorre na Amazônia brasileira e colombiana. Já M. elaeagnoides, além de ocorrer no Brasil ocorre também na Argentina e Paraguai. O trabalho foi realizado através de levantamento bibliográfico de obras já publicadas sobre o gênero, consultas aos principais herbários brasileiros e expedições de coleta. A nova espécie denominada de Matayba obovata sp. nov. é posicionada na seção Matayba Radlk. devido as flores com disco nectarífero glabro, pétalas com apêndice petalífero bipartido, cápsula curtamente estipitada, trigono-subglobosa ou elipsóide e endocarpo denso tomentoso e está relacionada às espécies descritas por Radlkofer em a monografia de 1931-1934, que apresentam a rede de nervuras fortemente proeminentes na face superior dos folíolos. Fazem parte deste grupo espécies como Matayba elaeagnoides e Matayba juglandifolia, sendo a nova espécie relacionada a última por apresentar folíolos coriáceos e as nervuras secundárias retilíneas em relação a nervura central e geralmente com a ausência de domácias. Na diferenciação destas espécies destacam-se a nervação amarelada, o ângulo das nervuras secundárias de geralmente 50°-60° e o cálice unido na região mediana das sépalas em M. obovata (versus esbranquiçada o ângulo das nervuras secundárias de geralmente 60°-70° e o cálice unido na região basal das sépalas em M. juglandifolia). Além dos caracteres morfológicos, M. obovata apresenta-se distribuída na floresta ombrófila densa dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e do Paraná em planícies litorâneas ou na encosta dos morros, podendo ocorrer também na transição entre este tipo vegetacional e a floresta de restinga não aparecendo juntamente a M. juglandifolia, que ocorre Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, sempre em florestas estacionais semidecíduas, matas ciliares e nas bordas destas formações, aparecendo também na transição entre as florestas e o cerrado. O epíteto específico foi escolhido por esta espécie apresentar o folíolos sempre obovados e algumas das variações desta forma