INVESTIGADORES
FLOMBAUM Pedro
congresos y reuniones científicas
Título:
Entender as mudanças ao longo dos anos no ambiente marinho é essencial para propor estratégias e ações de gerenciamento e preservação dos recursos oceânicos. Dessa forma, o estudo tem como objetivo analisar o padrão da temperatura e clorofila ao longo dos
Autor/es:
IBARBALZ F.; FLOMBAUM, P; GODOY, R. F. B.; PIERELLA-KARLUSICH J; BOWLER, C
Reunión:
Congreso; XV STO; 2020
Institución organizadora:
Universidad de Sao Pablo
Resumen:
A temperatura é um dos principais motores dos ecossistemas marinhos e as mudanças climáticas podem alterar as condições atuais para novos estados do ecossistema. As campanhas marinhas sugerem fortemente que a temperatura tem amplos efeitos na diversidade e abundância do plâncton, entre outros componentes. No entanto, qual desses aspectos mudará mais ainda não está claro. Dessa forma, avaliamos a resposta de abundância e diversidade para quatro grupos de plâncton: Picoeukaryotes, Synechoccocus, Prochlorococcus and bactéria heterotrófica. Combinamos observações biológicas ao longo de um gradiente de temperatura de aproximadamente 0-30 °C (Tara Oceans) e projeções climáticas do modelo de circulação geral IPSL. As observações foram divididas em 9 bins, e de bins consecutivos obtivemos taxas de resposta (bintemp+1/bintemp). As taxas de resposta nos permitiram comparar as mudanças em uma escala relativa. Assim, descobrimos, primeiro, que a abundância e a diversidade em geral aumentavam com a temperatura, mas a magnitude e a forma diferiam entre os grupos. Ao longo do gradiente de temperatura completo, a abundância de picoeukaryotes apresentou uma resposta superficial, enquanto todos os três grupos de bactérias aumentaram visivelmente. A diversidade de Shannon apresentou tendência semelhante em geral. Além disso, descobrimos que as mudanças relativas nos autótrofos à temperatura mostraram respostas maiores do que as bactérias heterotróficas e abundância maior do que a diversidade. Portanto, os organismos fotoautótrofos mostraram maior sensibilidade relativa à temperatura do que os heterótrofos, e abundância maior do que diversidade. Por fim, identificamos que o picofitoplâncton é o componente mais sensível ao aumento da temperatura nas principais regiões do oceano. Como um todo, esses resultados delineiam potenciais e prováveis mudanças em um futuro oceano.