Políticas públicas y trabajo de cuidados: un análisis comparativo de las relaciones de género y clase en Argentina y Brasil

ANIA TIZZIANI; ISABEL GEORGES

Montevideo

Congreso; IX Reunión de Antropología del Mercosur; 2015

Asociación Uruguaya de Antropología Social

Mesmosi, frente ao o que certos autores chamaram de ?crise do cuidado?na América latina, mas também para responder à demanda social, emvários países da região, os Estados começaram a intensificar asmedidas em favor da formalização do emprego doméstico, permaneceno seio dessas políticas um viés classista, além da re-assinaçãodas mulheres às suas funções tradicionais. Tanto na Argentina,comono Brasil (os dois países estudados) foram implementados medidasfiscais de exoneração de imposto para os empregadores queformalizaram as trabalhadoras domésticas. Nos dois países, essatendência à formalização ainda se intensificou com a promulgaçãode novas leis trabalhistas, alinhando a lei das trabalhadorasdomésticas com a legislação dos demais trabalhadores. Si, naArgentina, foram implementados durante esses últimos anos váriosoutros programas em favor da formalização do emprego doméstico,muitas vezes atreladas à programas de formação profissional como?contrapartida?, essas medidas situadas no cruzamento depolíticasde assistência e de emprego, raramente permitam às mulheresbeneficiárias uma melhoria significativa de sua situaçãode empregoe renda. Dessa forma, frente à penúria de serviços deacompanhamento de idosos como de vagas públicas de educaçãoinfantil,as classes médias urbanas tem tendência à fazer uso de serviçosmercantis. No Brasil, além da tendência à formalizaçãodosserviços para as classes mais abastadas, observa-se a emergênciadeum nicho de trabalho em torno da pobreza, de diversos empregos deexecução do Estado (assistência, saúde, educação, cultura),combaixos salários e muitas vezes nas cadeias de terceirização dosserviços, onde trabalham parte significativa de mulheres,concretizando serviços de pobres para pobres.