INVESTIGADORES
MARTINELLI AgustÍn Guillermo
congresos y reuniones científicas
Título:
Processos patológicos gerais em ossos de Eremotherium laurillardi (Mammalia, Xenarthra) do Pleistoceno de Uberaba, MG
Autor/es:
RAQUEL AMBROSIO; RENATO SANTOS; AGUSTIN MARTINELLI; MARA FERRAZ; VICENTE TEIXEIRA; CAMILA LOURENCINI CAVELLANI
Lugar:
Uberaba
Reunión:
Seminario; XIII Seminário de Iniciação Científica; 2012
Resumen:
Eremotherium laurillardi é a espécie de preguiça gigante que teve maior presença no território brasileiro, se espalhando também por toda a América do Sul intertropical, a América Central e a América do Norte durante o Pleistoceno até o início do Holoceno. No Brasil já foram encontrados fósseis da espécie em quase todos os estados, inclusive em Minas Gerais. É importante ressaltar que, diferentemente dos humanos e outros animais, os ossos longos de E. laurillardi não têm cavidade medular, sendo o interior preenchido por osso esponjoso. O ponto principal deste projeto é o estudo da paleopatologia, ciência que aborda as doenças que podem ser demonstradas em restos humanos e animais de tempos antigos. No Complexo Cultural e Científico de Peirópolis (CCCP), encontram-se fósseis de dois indivíduos da espécie E. laurillardi. Os fósseis foram encontrados no Córrego da Saudade, na cidade de Uberaba, sendo os de um espécime no início de 2006 e do outro no início de 2011. Foram analisados processos patológicos gerais no rádio direito de cada indivíduo (CPP 1122 e CPP 1123), por meio de análise macroscópica e tomografia computadorizada. Nas duas análises, foram encontrados orifícios e abscessos. Na tomografia, foi possível observar nas duas amostras que, do terço proximal até o terço médio, existe um aumento na opacidade do fóssil, também chamado de esclerose. Os orifícios e abscessos encontrados representam sinais de infecção óssea (osteomielite), indicando que houve drenagem de pus tanto para a pele, em feridas purulentas, como para as articulações. Em casos extremos, essa infecção pode gerar uma septicemia: as bactérias chegam à corrente sanguínea e são levadas ao cérebro, coração e pulmões. Devido às limitações do estudo e do material, não se pode afirmar como o animal contraiu a infecção; supõe-se ter sido resultado de uma fratura ou ferida exposta. A opacidade aumentada está relacionada à elevada mineralização ou à neoformação óssea; e pode ser resultado de doenças no interior do osso ou ser uma reposta a traumatismo ou estresse.