INVESTIGADORES
MARTINELLI AgustÍn Guillermo
congresos y reuniones científicas
Título:
Sobre a presença de Atractosteus (Osteichthyes, Lepisosteiformes) na Formação Adamantina, Cretáceo Superior de Campina Verde, MG.
Autor/es:
AGUSTIN MARTINELLI; LUIZ CARLOS RIBEIRO; THIAGO MARINHO; FELIPE VASCONCELLOS; FRANCISCO NETO; ADELINO CARVALHO; EDSON SANTOS; GABRIEL CUNHA; CAMILA LOURENCINI CAVELLANI; MARA FERRAZ; VICENTE TEIXEIRA
Lugar:
Ribeirão Preto
Reunión:
Jornada; PaleoSP 2012; 2012
Resumen:
O registro de peixes dulceaquícolas do Cretáceo Superior do Grupo Bauru (Brasil) está principalmente representado por espécimes isolados e fragmentários, provenientes de diferentes sítios nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Os registros incluem Amiiformes, Lepisosteiformes, Osteoglossiformes, Characiformes, Percomorpha, Siluriformes e Dipnoi. A única espécie formalmente nomeada para o Grupo Bauru é Lepisosteus cominatoi (Lepisosteiformes), mas atualmente é considerada nomen dubium. Nesta contribuição, são apresentados abundantes materiais fósseis atribuídos ao gênero Atractosteus. Tratam-se de numerosos elementos cranianos e pós-cranianos isolados ou parcialmente articulados, provenientes do sítio paleontológico Fazenda Três Antas, em Campina Verde (MG, Brasil). Os espécimens fósseis ocorrem em um nível de arenitos siltosos avermelhados da Formação Adamantina (= Formação Vale do Rio do Peixe). Estes fósseis são identificados como Lepisosteidae por apresentarem dentes com plicidentina. Apesar de não serem caracteres exclusivos de Lepisosteidae, a presença de: 1) vértebras opistocélicas, 2) escamas rômbicas, e cobertas de ganoína, 3) ossos cranianos com intensa ornamentação e camada de ganoína, corrobora esta identificação. A presença de um dentário curto e medialmente convexo é perfeitamente comparável com o do gênero Atractosteus e, por outro lado, claramente distinto daquele de Lepisosteus. Além disso, o sub-opercular possui a borda lateral denticulada, similar ao que ocorre em Atractosteus falipoui, do Cretáceo Inferior da África. O material fóssil encontra-se ainda em preparação e o estudo preliminar aponta para uma nova espécie do gênero Atractosteus. Os resultados deste trabalho contribuirão de maneira significativa para o conhecimento dos Lepisosteiformes do Cretáceo Superior continental do Brasil, em especial sobre a paleobiogeografia deste grupo.