INVESTIGADORES
MARTINELLI AgustÍn Guillermo
congresos y reuniones científicas
Título:
To be or not to be: Discussões sobre a presença do gênero Aeolosaurus Powell (Dinosauria, Titanosauria) no Cretáceo do Brasil
Autor/es:
AGUSTIN MARTINELLI; DOUGLAS RIFF
Reunión:
Jornada; PaleoMinas 2010; 2010
Resumen:
Nesta contribuição discutimos os registros Cretáceos de titanossauros brasileiros que foram assinados ao gênero Patagônico Aeolosaurus Powell. A natureza fragmentária e isolada de muitos dos materiais estudados e o conhecimento ainda incipiente da real diversidade e das relações filogenéticas dos titanossauros brasileiros gera incerteza nas determinações taxonômicas dos espécimes a partir de registros fragmentários. Dentre os espécimes nacionais atribuídos a Aeolosaurus, ressaltam-se as vértebras MPMA/sem número, depositado no Museu de Paleontologia de Monte Alto (SP), e CPP-248, depositado no Complexo Cultural e Científico Peirópolis (MG). Apesar de possuírem caracteres sinapomórficos do grupo Aeolosaurini, estes materiais apresentam suas pós-zigapófises deslocada posteriormente em comparação ao gênero patagônico Aeolosaurus, mas de modo similar à condição de outros titanossauros, como Gondwanatitan faustoi, Trigonosaurus pricei e Uberabasuchus ribeiroi. Assim, tais espécimes são aqui considerados apenas como Aeolosaurini indet. Outros materiais atribuídos na literatura à Aeolosaurus também não podem se positivamente vinculados a este táxon. O espécime UFRJ-DR-270-R, proveniente do município de Prata (MG) possui os mesmos atributos de Maxakalisaurus topai, e possivelmente constitui parte do mesmo individuo holotípico (MN 5013-V). Também pela ausência de autapomorfias de Aeolosaurus, os materiais LGP-D0001-005 provenientes do município de Veríssimo (MG), descritos na literatura como cf. Aeolosaurus sp. são considerados como Aeolosaurini indet. Outro material atribuído àquele gênero, o osteodermo CPP-297, proveniente de Peirópolis, pode ser considerado apenas como Titanosauria indet. como foi sugerido já anteriormente. Por ultimo, a possível sinonímia entre Gondwanatitam e Aeolosaurus não é aceita (baseados nas autapomorfias presentes no material holotípico do gênero brasileiro), o que já foi corroborado por outros autores. A revisão destes materiais isolados e fragmentários sugere atuar com cautela para o reconhecimento de novas ocorrências de gêneros ou espécies em estratos e regiões distintos (Grupo Bauru, Grupo Neuquén e Grupo Chubut). Também é importante o uso de dados baseados em designações taxonômicas bem fundamentadas (por apomorfias) para inferências paleobiogeográficas, paleobiostratigráficas e o estabelecimento de biócronos.