PERSONAL DE APOYO
SUAREZ Pablo
congresos y reuniones científicas
Título:
Mapeamento genômico comparativo entre Rhipidomys emiliae e Rhipidomys mastacalis com sondas de Hylaeamys megacephalus
Autor/es:
LENA GEISE; VERGIANA DOS SANTOS PAIXÃO; JULIO CESAR PIECZARKA; PABLO SUÁREZ; PATRICIA C. M. OBRIEN; MALCOLM A.FERGUSON-SMITH; ANA CRISTINA MENDES-OLIVEIRA; CLEUSA YOSHIKO NAGAMACHI
Lugar:
João Pessoa
Reunión:
Congreso; 8º Congresso Brasileiro de Mastozoologia; 2015
Institución organizadora:
Sociedade Brasileira de Mastozoologia
Resumen:
O gênero Rhipidomys (Rodentia, Cricetidae, Sigmodontinae, Thomasomyini) é composto por 23 espécies, das quais 10 podem ser encontradas no Brasil. Estudos citogenéticos revelam três números diploides (2n) descritos para o gênero: 44, 48 e 50 cromossomos. O número diploide de 44 é o mais comum entre os exemplares analisados, onde os cariótipos das espécies divergem na estrutura cariotípica, com número fundamental autossômico (NFa) variando de 46 a 80. Com base nas informações de 2n e NFa as espécies deste gênero são colocadas em três grupos: 1) R. leucodactylus, com 2n = 44 e NFa baixo variando de 46 a 52; 2) R. mastacalis, com 2n = 44 e NFa alto variando de 74 a 80, e 3) R. nitela, composto por espécies com 2n=48 (NFa = 67/68) e 2n=50 (NFa = 71/72). Dados da literatura demonstram que inversão pericêntrica é o principal rearranjo estrutural responsável pela diferença no NFa entre as espécies com mesmo 2n. Com o objetivo de compreender os rearranjos responsáveis pelas diferenças no NFa entre espécies de Rhipidomys com mesmo 2n (44), realizamos a análise comparativa dos cariótipos de duas espécies, R. emiliae (REM) com NFa baixo (48) e R. mastacalis (RMA) com NFa alto (74).Os cariótipos foram estudados por bandeamento G e por mapeamento genômico comparativo utilizando sondas de cromossomos totais de Hylaeamys megacephalus (HME, 2n=54/NFa=62). Essas sondas foram obtidas por Citometria de Fluxo no Departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Cambridge, Reino Unido. Das 24 sondas, 21 correspondem a um único par cromossômico e 3 correspondem a dois pares ([9,10]; [13, 22]; [16,17]. As amostras de REM são do estado do Pará (municípios de Parauapebas e Marabá) e de RMA são do estado de Minas Gerais (municípios de Diamantina e Padre Paraíso). Os resultados da Zoo-FISH com as24 sondas cromossômicas de HME mostram em REM e RMA 34 e 37 sinais de hibridização, respectivamente. Destas 24 sondas, 16 pares (HME 2, 3, 4, 6, 7, 8, 12, 15, 19, 20, 21, 23, 24, 25, 26 e X) em REM e 13 (HME 2, 3, 4, 6, 8, 12, 15, 21, 23, 24, 25, 26, e X) em RMA mantiveram sintenia conservada, alguns formando cromossomos inteiros e outros estando associados com outros cromossomos. Os demais cromossomos de HME mostraram dois ou três sinais nos cariótipos das duas espécies de Rhipidomys. A análise comparativa dos cariótipos dasduas espécies mostram que: a) 6 pares estão conservados: 1 (HME 13,22/26/25/3), 7 (HME 16,17/11), 16 (HME 5/11), 19 (HME 9,10), 21 (HME 18) e X (HME X); b) 9 pares diferem por inversão pericêntrica ou reposicionamento centromérico: 2 (HME 13,22/4), 3 (HME 2), 4 (HME 6/21), 5 (HME 18/1), 8 (HME 5/1), 10 (HME 14/13,22), 15 (HME 23), 17 (HME 24) e 18 (HME 12); c) 7 pares (6, 9, 11, 12, 13, 14 e 20), estão reorganizados nos dois cariótipospor rearranjos tipo translocação, acompanhado ou não de inversão pericêntrica. Os resultados deste trabalho demonstram que os rearranjos responsáveis pela grande variação nos NFa entre os cariótipos das duas espécies e, possivelmente, das demais espécies do gênero, deve-se também a translocações e não apenas a inversões pericêntricas, como sugerido na literatura.