INVESTIGADORES
MORAN Valeria Estefania
congresos y reuniones científicas
Título:
Adaptação da Escala de Autoeficácia Social para Universitários Brasileiros
Autor/es:
VALERIA ESTEFANÍA MORAN; FABIÁN ORLANDO OLAZ; LUCAS GUIMARÃES CARDOSO DE SÁ
Lugar:
Ribeirao Preto
Reunión:
Congreso; 44ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia; 2014
Institución organizadora:
Sociedade Brasileira de Psicologia
Resumen:
A autoeficácia diz respeito às crenças que as pessoas possuem a respeito da sua capacidade de integrar competências cognitivas, sociais e comportamentais a ações que levem ao alcance de determinados objetivos. Com base nisso, este conceito deve ser sempre definido de acordo com domínios específicos que permitem alcançar objetivos específicos. Assim, a autoeficácia social é o conjunto de crenças sobre a capacidade de responder adequadamente às demandas interpessoais. Vários estudos têm demonstrado o poder preditivo deste construto sobre o desempenho real dos indivíduos, portanto, ele tem um papel fundamental na execução de comportamentos socialmente adequados, em todas as áreas. O jovem que entra em um curso universitário será confrontado com situações sociais novas e variadas e seu desempenho nelas será diretamente determinado por suas habilidades sociais e a força de suas crenças de autoeficácia social. Por isso, o objetivo deste estudo foi adaptar para o contexto brasileiro a Escala de Autoeficácia Social para Universitários (EAS-U). Desenvolvido na Argentina, este instrumento considera a especificidade situacional da autoeficácia social para população universitária. Possui 22 itens, divididos em cinco fatores de autoeficácia (1) para marcar encontros amorosos, (2) para conversação, (3) para atividades sociais acadêmicas, (4) para oposição assertiva e (5) para empatia e expressão sentimentos positivos. Inicialmente, foram realizados procedimentos de tradução reversa. Em seguida, a versão traduzida foi enviada a quatro juízes que analisaram se os itens representavam o construto autoeficácia social e a qualidade da redação. Após, 12 universitários participaram de uma aplicação piloto, em que foram testados procedimentos de aplicação e resposta. Na fase seguinte, outros 294 universitários responderam o instrumento. A média de idade dessa amostra foi de 22.84 anos, 67.68% eram mulheres, 30.67% estudantes de universidades privadas e 69.33% de universidades públicas, 11.56% da área de ciência exatas, 20.41% de ciências biológicas e os demais de ciências humanas. Após limpeza da base de dados, a amostra final ficou composta por 279 participantes. Foi realizada então uma Análise Fatorial Exploratória. Pelo critério de Kaiser e pelo gráfico de sedimentação havia indicação de que até cinco fatores poderiam ser extraídos. Utilizando método de extração Fatoração por Eixos Principais, rotação Promax, solicitando previamente cinco fatores e suprimindo cargas fatoriais inferiores a 0.32, foi obtida uma estrutura semelhante à versão original do instrumento. Todos os 22 itens foram mantidos, com variância explicada (V.E.) de 70.03% e fidedignidade por alfa de Cronbach de 0.91. Os fatores também se mantiveram conforme o instrumento original: o primeiro ?Autoeficáfica para marcar encontros amorosos? (α=0.88), o segundo ?Autoeficácia para empatia e expressão sentimentos positivos? (α=0.79), o terceiro ?Autoeficácia para atividades sociais acadêmicas? (α=0.82), o quarto ?Autoeficácia para conversação? (α=0.78) e por fim, o quinto, ?Autoeficácia para oposição assertiva? (α=0.82). Com estes resultados, podemos concluir que a adaptação brasileira da EAS-U possui evidências de validade e fidedignidade para avaliar a autoeficacia social de universitários brasileiros.