CASCAS DE OVOS DE SANTA ROSA (RÍO NEGRO, PATAGONIA, ARGENTINA): INFERENCIAS DA BIOLOGIA REPRODUCTIVA DOS TITANOSSAUROS

MARIELA S. FERNÁNDEZ; CLAUDIA MAGALHAES-RIBEIRO

Rio de Janeiro

Jornada; IV Jornadas Fluminenses PALEONTOLOGIA; 2008

Universidad Federal do Rio de – UNIRIO

As descobertas de cascas e ovos de dinossauros do Cretáceo da provincia de Río Negro são as mais ricas da América do Sul (Salgado, et al. , 2007). Os espécimes estudados provém da localidade de Sanra Rosa, mais específicamente de estratos siliciclásticos da Formação Allen (Campaniano-Maastrichtiano) (Ballent, 1980). Alguns dos espécimens estudados estão associados à oofamília Megaloolithidae (Zhao, 1975) e foram analisados comparativamente com outros espécimens pertenecentes a esta mesma oofamilia. Os ovos estudados são subesféricos (diâmetros entre 10-12 cm). A superficie da casca está ornamentada com nódulos esféricos, diâmetros variavéis entre 0.3 a 0.8 mm. as aberturas de poro possum formato subcircular a poligonais e diâmetros de 0.1 a 0.3 mm. A espessura da casca está comprendida entre 1.0 a 2.6 mm, sendo sua microestructura formada por unidades de casca no formato de leque, com linhas de crescimiento arqueadas. Os ovos megaloolitos de Santa Rosa se encontram associado, em alguns afloramentos da área, a ovos de diferente tipo (em geral, aos faveoloolitos de casca grossa), o que poderia indicar que diferentes espécies de dinossauros teriam sua ovipostura no mesmo sítio de nidificação.