INVESTIGADORES
KREIMER Pablo Rafael
capítulos de libros
Título:
A ciência no cinema: dimensões sociais e culturais
Autor/es:
LUCIANO LEVIN; PABLO KREIMER
Libro:
?Ciência no Cinema. Uma olhada latino-americana?
Editorial:
Fino Traço Editora - Coleçao Scientia
Referencias:
Lugar: Belo Horizonte; Año: 2012; p. 259 - 281
Resumen:
Este trabalho tem como objetivo fazer uma análise de algumas das dimensões sociais da ciência, analisando o modo em que foram apresentadas pelo cinema e seguindo algumas categorias de análise e os principais tópicos abordados pela sociologia da ciência das últimas três décadas. Neste sentido, consideramos em particular o que se deu em chamar ?a metáfora construtiva? (Sismondo, 2008; Kreimer, 1999) que, como já foi discutido com recorrência durante os últimos anos, deu um giro na questão da análise da ciência, e em vez de centralizar-se em suas dimensões sociais ?externas? e as relações com outros atores da sociedade, foi dessacralizando a imagem tradicional da ciência (idealizada sob o suposto da agência de sujeitos racionais), e se orientou a mostrar os aspectos mais prosaicos e cotidianos das práticas científicas.Naturalmente, as categorias de análises surgidas do tal ?movimento? são problemáticas, já que são ao mesmo tempo muito numerosas, e também, em muitos casos dificilmente compatíveis entre si. Assim, por exemplo, entre a noção de ?simetria estendida? proposta por Callon (Callon, 1986) e Latour (Latour, 1987), a de ?core-set? elaborada por Collins (Collins, 1981) e a de ?arenas transepistêmicas? formulada por Knorr-Cetina (Knorr Cetina, 1981) existem escassos pontos de contato conceitual, já que as duas últimas dão primazia à capacidade dos próprios atores de se implicar em negociações que ?moldam? por assim dizer, o conhecimento que se produz, enquanto a primeira deixa em pé de igualdade a entes inanimados com os sujeitos sociais. Entretanto, o que nos interessa aqui, é recuperar as noções básicas da análise do conhecimento entendido, como um processo de construção de sentido, sujeito a negociações entre os atores (investigadores, logicamente, mas também outros sujeitos significativos) e distanciados da noção de ?descobrimento? ou de ?operações racionais?.