INVESTIGADORES
DELEVATI COLPO Karine
congresos y reuniones científicas
Título:
COMPOSIÇÃO E SUCESSÃO DA AVIFAUNA EM TRÊS SISTEMAS DE CULTIVO DE ARROZ IRRIGADO, NA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL
Autor/es:
MARIN CARLOS DOUGLAS; COLPO KARINE
Lugar:
PORTO ALEGRE - RS - BRASIL
Reunión:
Congreso; VI CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO; 2009
Resumen:
O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de arroz, cultivando anualmente cerca de 1.034.820ha deste cereal (IRGA, 2006). No entanto, esta atividade fragmenta alguns habitats e requer um volume expressivo de água para irrigação. Além disso, o emprego sistemático de adubos, inseticidas e herbicidas influencia substancialmente os ecossistemas naturais. Embora algumas espécies de aves declinem com a expansão da orizicultura irrigada, outras se beneficiaram dos recursos existentes nesses banhados artificiais. É muito provável que a composição e especialmente a abundância da avifauna do Rio Grande do Sul tenha sido modificada pelo avanço desse cultivo no Século XX. Considerando os campos de arroz irrigado como ambientes que suportam uma relativa riqueza de espécies, o propósito deste trabalho foi verificar a riqueza e a abundância de aves ao longo das fases de preparo do solo e semeadura, até a formação do primórdio da panícula (fim da fase vegetativa). A pesquisa foi realizada em duas propriedades na Região Central do Rio Grande do Sul, uma localizada no Município de Jaguari e outra no município de São Vicente do Sul, nas quais coexistem diferentes sistemas de produção orizícola: sistema de plantio convencional (PC), sistema de plantio direto (PD) e sistema de plantio pré-germinado (PG). As lavouras orizícolas estudadas apresentaram um grande potencial como hábitat temporário. Muitos dos táxons mais frequentes e abundantes aparentemente se ajustaram às etapas do cultivo, de acordo com a disponibilidade de recursos ofertados nestes ambientes úmidos artificiais. A avifauna registrada mostrou uma comunidade constituída de espécies de hábitos alimentares generalistas e de ampla distribuição geográfica. À medida que as plantas de arroz cresceram, diminuiu o número de espécies, tendo permanecido apenas aquelas capazes de obter alimentos no arroz mais alto.