DECOMPOSIÇÃO FOLIAR DE Laguncularia racemosa EM UM MANGUEZAL DE BERTIOGA, SÃO PAULO

LIMA, RENÉ; ROMITELLI, ISABELA; COLPO KARINE

Congreso; X Congresso de Ecologia; 2011

O processo de decomposição foliar no sedimento possui papel essencial no fluxo de energia e ciclagem de nutrientes (Giller & Malmqvist, 1998). A decomposição sofre influência principalmente da freqüência de inundação das marés e da presença de fauna consumidora de detritos foliares (Robertson, 1988), além de ser afetada pela anatomia da folha e sua composição química, particularmente a concentração de lignina e dos nutrientes presentes (Tam et al., 1998). Bactérias e fungos atuam na decomposição, principalmente em seu estágio inicial (Cundell et al., 1979) pelo enriquecimento dessas folhas tornando-as mais atrativas para a ação detritívora da macrofauna. Crustáceos, moluscos e anelídeos são os principais organismos da macrofauna que atuam processando as folhas da serapilheira (Lee, 1998) e a fragmentação delas por estes consumidores também influenciam a taxa de sua degradação aumentando a superfície de contato para colonização microbiana (Imgraben & Dittmann, 2008). O presente estudo visou observar a taxa de decomposição das folhas da espécie de mangue Laguncularia racemosa ao longo do tempo e avaliar a contribuição dos agentes decompositores no processo de decomposição. O coeficiente de decomposição de cada dia amostral para cada malha foi obtido, sendo que a análise estatística demonstrou que havia variação ao longo do tempo para malha fina (F= 11,1029; gl= 3; p= 0,0037), entretanto, somente no dia 7 o coeficiente de decomposição foi maior em relação aos outros (p