INVESTIGADORES
VALENTINUZZI veronica Sandra
congresos y reuniones científicas
Título:
Ritmos em Roedores Subterrâneos
Autor/es:
VALENTINUZZI VERÓNICA S
Lugar:
Caxambú, MG, Brasil
Reunión:
Conferencia; X Simposio Brasileiro de Cronobiologia; 2010
Institución organizadora:
Sociedade Brasileira de Cronobiologia
Resumen:
Diversos organismos expressam ritmos circadianos regulados por relógios internos y sincronizados principalmente pela alternância entre claro-escuro. Mamíferos subterrâneos habitam um micro-ambiente onde as variações entre claro-escuro são mínimas e a exposição à luz acontece durante as saídas esporádicas à superfície. Estas características ambientais, praticamente atemporais, levaram a supor uma expressão rítmica diferencial nas diversas espécies subterrâneas sendo que a ausência de ritmos seria uma possibilidade. A literatura demonstra que estes animais apresentam ritmos, porém caracterizados por uma enorme variabilidade na expressão rítmica tanto inter - especificamente como intra - especificamente. A pesar da presunção de que nichos subterrâneos exercem pressões seletivas similares em todos seus habitantes, variações regionais no clima, solo y vegetação podem ser determinantes na geração de diferenças adaptativas entre espécies. Nas poucas espécies estudadas cronobiologicamente também foram encontradas evidencias de relações entre o grau de sociabilidade entre os indivíduos de uma espécie e a variabilidade na expressão rítmica dos mesmos, assim como entre o grau de compromisso com a vida subterrânea e a ritmicidade. Entre os roedores subterrâneos sul-americanos está o gênero Ctenomys com mais de 50 espécies. No centro-oeste de Argentina encontramos C. knighti.  No ambiente controlado de laboratório esta espécie revelou um claro padrão noturno com um período em escuro constante de quase 25 hs. Ressincronizam facilmente a um novo ciclo claro-oscuro com claros ciclos transientes. O fenômeno de partição é comum quando colocados em claro constante. A curva de resposta de fase a pulsos de luz tem características similares às curvas de roedores não-subterrâneos. Apresentam um claro ritmo de temperatura corporal medido com sensores intraperitoniais.  A expressão rítmica em campo também está sendo estudada por meio de telemetria, actigrafia e observação direta. Apesar da noturnalidade em laboratório, na natureza estes animais aparentam ser diurnos ou arrítmicos, sendo que suas saídas das tocas, durante o verão acontecem durante a manhã. Estes dados são partes do primeiro passo na caracterização do sistema de organização temporal do gênero sul-americano mais abundante de roedores subterrâneos.