INVESTIGADORES
VALENTINUZZI veronica Sandra
congresos y reuniones científicas
Título:
UM RELÓGIO EM CAMPO: BIOLOGGERS E TELEMETRIA PARA O ESTUDO DE RITMOS DE ATIVIDADE E EXPOSIÇÃO À LUZ EM ROEDORES SUBTERRÂNEOS DE VIDA LIVRE
Autor/es:
SILVA JEFFERSON; JANNETTI, MILENE; TACHINARDI, PATRICIA; VALENTINUZZI VS; ODA GISELE
Lugar:
Tijucas do Sul
Reunión:
Simposio; XV Simpósio Brasileiro de Cronobiologia; 2018
Resumen:
INTRODUÇÃO: A capacidade de se antecipar às variações cíclicas do ambiente, por meio do arrastamento, aliada à resposta direta aos estímulos ambientais, pelo mascaramento, diminui a rigidez do sistema temporal e concede plasticidade na expressão dos ritmos biológicos, principalmente na expressão da atividade na natureza. Em estudos laboratoriais, diversas variáveis são mantidas constantes, com exceção do ciclo claro-escuro, com o objetivo de estudarfenômenos cronobiológicos de maneira controlada. Porém, quando analisamos os ritmos de atividade nas condições controladas do laboratório, perdemos o contexto ecológico e fatores ambientais que podem modular a expressão dos ritmos de atividade na natureza. Em estudos cronobiológicos de roedores subterrâneos da espécie Ctenomys aff. knightii, os tuco-tucos, alguns aspectos da sincronização fótica já foram estudados em laboratório, porém, o estudo com animais de vida-livre ainda não havia sido feito dada a dificuldade de recaptura, que se deve ao hábito de vida subterrâneo dessa espécie. Com o objetivo de aproximar o estudo cronobiológico do contexto natural fizemos um estudo piloto em tuco-tucos de vida livre utilizando o método de captura e recaptura.MÉTODOS: O presente estudo em tuco-tucos de vida livre concentra-se nas metodologias que podem ser usadas para o estudo da cronobiologia de roedores subterrâneos em campo como, por exemplo, o uso de biologging e de telemetria. O biologgers usados nesse estudo foram luxímetros (Migrate Technology) para o registro de exposição à luz e a telemetria (Wildlife Materials) para localização do animal em campo. Duas fêmeas com massa de 122g e 149g foram capturadas no mês de setembro de 2018 na cidade de Anillaco, Argentina (26°48?S; 66°56?O;1445m). Assim que capturados, luxímetro e transmissor de telemetria foram acoplados nesses dois indivíduos que logo em seguida foram soltos nos mesmos túneis em que haviam sido capturados. Os animais marcados permaneceram em campo de 3 a 5 dias. Após esse intervalo os animais foram localizados, recapturados e os sensores recuperados, juntamente com os dados de exposição à luz. RESULTADOS: Os resultados do estudo piloto mostraram que na natureza, no mês de setembro, os tucos saem das galerias e se expõe à luz em episódios concentrados no meio do dia, o que está de acordo com estudos anteriores realizados em áreas seminaturais. CONCLUSÃO: Esse é o primeiro estudo do grupo a usar o conjunto de telemetria e biologging para acompanhar a cronobiologia de roedores subterrâneos em campo. A viabilidade mostrada pelos métodos possibilita o uso dessas técnicas para a coleta de dados de longa duração e com perguntas que envolvam aspectos reprodutivos e sazonais em estudos futuros.