Do gênero à sexuação. Reflexões sobre a Lei argentina de Identidade de Gênero.

GOMEZ, MARIANA

Belo Horizonte

Conferencia; Conferencia en Facultade de Ciencias Humanas, Sociais e da Saúde; 2015

Universidade FUMEC

Se a cultura é o mal-estar e a história é apresentada em termos de significantes descontínuos, hoje mais do que nunca o mal-estar e descontinuidade são rejeitadas. Há em nossas civilizações um impulso de ir além da proibição. O que está estabelecido se desordena e se reconfigura em novas formas de viver a pulsão, como assinala Jacques-Alain Miller, que é no século XXI uma grande desordem do real (Miller, 2012). Isto contribui inevitavelmente, não somente a uma maneira renovada de perceber o mundo e neste ao sujeito, senão que tal realidade propõe ao mesmo tempo novas formas de exercer o poder. Michel Foucault (2007 [1975]) fala: o que há de essencial em todo poder é que seu ponto de aplicação é sempre, em última instância, o corpo.