CECOAL   02625
CENTRO DE ECOLOGIA APLICADA DEL LITORAL
Unidad Ejecutora - UE
congresos y reuniones científicas
Título:
Registro inédito de paleoflora do Mio-Plioceno do Vale do Rio Juruá - Acre
Autor/es:
MARLA DANIELE BRITO DE OLIVEIRA, ADRIANA KLOSTER, KAREN ADAMI-RODRIGUES, NELSA CARDOSO, RUTILENE BARBOSA SOUZA
Lugar:
Belém, Brasil
Reunión:
Congreso; XXI Congresso Brasileiro de Paleontologia; 2009
Institución organizadora:
Sociedade Brasileira de Paleontologia
Resumen:
Em termos de floras fósseis o Acre encontra-se em estágio de descoberta, deste modo o registro de novos fitofósseis encontrados no afloramento Barco Quebrado Vale do Júrua-Acre, Formação Solimões, preconizam estudos paleobotânicos de megafósseis vegetais. O Pleistoceno caracteriza-se pelas variações climáticas frio-árido, quente-úmido, quente-árido, sendo que a última fase frio-árido caracterizou-se por manter o clima semi-árido na Amazônia. Essa fase semi-árida permitiu a instalação desses megafósseis registrados em novos afloramentos às margens do Rio Júrua. Os diferentes espécimes coletados encontram-se preservados na forma de compressões, adpressões e impressões, sendo que a maioria apresenta processo de mumificação, o que permite a visualização de nervuras de primeira e segunda ordem, assim como os aspectos cuticulares, permitindo inclusive a visualização das feições anatômicas das folhas onde há preservação do mesofilo. Ressalta-se que os fitofósseis de angiospermas apresentam diferentes morfotipos, muito similares aos atuais, com predominância de elementos mesófilos o que induz à interpretação de uma flora de ambiente úmido em floresta tropical de planície. Sugere-se pela observação da hidrodinâmica fluvial dos atuais rios meandrantes da Amazônia, que a deposição de restos vegetais macroscópicos com processo de mumificação se deu em área de canal de fluxo hídrico lento e parcialmente obstruído, proporcionando dessa forma acúmulo de material vegetal sem ter sofrido transporte, caracterizando uma associação autóctone. Os megafósseis vegetais registrados em afloramentos do Rio Júrua e apresentados preliminarmente neste trabalho fornecem dados para o refinamento de estudos paleoecológicos e tafonômicos, os quais deverão ser utilizados em futuros estudos de reconstrução paleoclimáticas e/ou paleoambientais da Região do Alto Júrua, Amazônia Sul-Ocidental.