INVESTIGADORES
PEICHOTO Maria elisa
congresos y reuniones científicas
Título:
Lonomismo no Brasil: Análise epidemiológica dos acidentes causados pela taturana venenosa no período de 2007 e 2018
Autor/es:
MARILIA MELO FAVALESSO; MILENA GISELA CASAFÚS; ANA TEREZA BITTENCOURT GUIMARÃES; MARÍA ELISA PEICHOTO
Lugar:
Palotina
Reunión:
Simposio; IX SIMPÓSIO DE ZOONOSES COM INTERESSE EM SAÚDE PÚBLICA; 2019
Institución organizadora:
ASSOCIAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA DE MOLÉSTIAS INFECCIOSAS DOS ANIMAIS E DO HOMEM - Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná
Resumen:
As larvas das mariposas do gênero Lonomia Walker 1885 (Saturniidae: Hemileucinae) apresentam amplo interesse na área da Saúde Brasileira por serem o agente etiológico do lonomismo, uma forma de envenenamento causado pelo contato dos seres humanos com as estruturas urticantes das lagartas. A doença se manifesta por uma série de sintomas, entre eles um comprometimento sistêmico expresso em quadros hemorrágicos graves, o que pode levar o paciente ao óbito. No país são conhecidas as espécies Lonomia obliqua Walker 1885 e Lonomia achelous Cramer 1777 como as responsáveis pelo envenenamento lonômico. Considerando que o lonomismo é um importante problema de Saúde Pública no Brasil, e que o acompanhamento epidemiológico contínuo é necessário para maximizar os esforços de prevenção e distribuição do anti-veneno, o objetivo deste estudo foi apresentar um panorama epidemiológico dos acidentes lonômicos registrados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) entre 2007 e 2018 no Brasil. Foram analisados 6.636 registros para o período. Os dados revelaram que a maioria das vítimas pertenciam ao sexo masculino e apresentavam mais de 50 anos de idade, pertencendo ao grupo étnico "branco" e "ensino fundamental incompleto". Acidentes em áreas urbanas foram tão frequentes quanto em áreas rurais e foi detectada maior frequência de acidentes não relacionados ao trabalho. As vítimas eram principalmente picadas no membro superior e receberam assistência médica na primeira hora após o acidente. A maioria dos casos foi classificado como leve, embora doze mortes tenham sido relatadas. O sul e sudeste do Brasil concentraram os Estados com as maiores frequências de acidentes. A maioria dos acidentes ocorreu nos dois últimos anos do período de estudo e nos meses correspondentes ao verão. A partir destes resultados fornece-se uma avaliação geral e atual da situação do lonomismo no Brasil, permitindo às autoridades de saúde melhorar a gestão dos casos de envenenamento.