INVESTIGADORES
PEICHOTO Maria elisa
congresos y reuniones científicas
Título:
DISTRIBUIÇÃO POTENCIAL E ASPECTOS ECOLÓGICOS DA TATURANA VENENOSA Lonomia obliqua Walker 1855 NO BRASIL
Autor/es:
MARÍLIA MELO FAVALESSO; MILENA GISELA CASAFÚS; LISETE MARÍA LORINI; ANA TEREZA BITTENCOURT GUIMARÃES; MARÍA ELISA PEICHOTO
Lugar:
Foz do Iguaçu
Reunión:
Simposio; I Simpósio LatinoAmericano de Biociências; 2018
Institución organizadora:
Universidade Federal da Integração Latino-Americana
Resumen:
Lonomia obliqua (Lepidoptera: Saturniidae) é uma espécie de mariposa cujas larvas são responsáveis pela lonomismo, uma forma de envenenamento que vem causando acidentes no Brasil desde 1980. Desde então, houveram mais de 4.000 registros de acidentes somente no sul do país, alguns dos quais culminou em óbito de pacientes. Apesar da importância na saúde pública, a distribuição espacial geográfica da espécie e seus aspectos ecológicos são desconhecidos. Portanto, no presente estudo, apresentamos um mapa de distribuição geográfica potencial de L. obliqua no Brasil, baseado na combinação de diferentes algoritmos SDM (Species Distribution Modeling). Foram utilizados 38 pontos de ocorrência distribuídos na região sul /sudeste do Brasil e na província de Misiones (Argentina), os quais foram divididos para calibração e avaliação do modelo. Oito variáveis contínuas climáticas e do solo foram selecionadas entre 16 previamente calculadas para calibração do modelo. Diferentes metodologias SDM foram testadas e comparadas em termos de valores do índice TSS (True Skill Statistic). O mapa final é composto de uma combinação de quatro algoritmos (Gower, Mahalanobis, MAXENT e SVM), com amostras de pseudo-ausências fora de um Envelope Bioclimático (BIOCLIM) e número de pseudo-ausências iguais aos de presenças. Este mapa-modelo foi binarizado a partir do limiar LPT (Low Presence Threshold) e cortado apenas para a área do Brasil. De acordo com este mapa modelo, as áreas previstas como adequadas para L. obliqua estão restritas entre às latitudes ~12º e ~ 32º, e as longitudes ~ 39º e ~ 57º. O mapa-modelo também foi validado com dados externos de amostragens da espécie, a nível de munícipio, no Rio Grande do Sul. A partir dessa informação, extraímos os valores de variáveis relativas a clima e solo, e com adicional de variáveis relacionadas com o uso da terra e tipo de vegetação, com a finalidade de contribuir com o conhecimento ecológico da espécie. De maneira geral, o mapa-modelo e as informações ecológicas obtidas podem servir como uma ferramenta para que agentes em saúde pública no Brasil direcionem adequadamente estratégicas preventivas e atenção ao lonomismo no país, e com adendo sobre a perda de habitat e condições de acidentes com a espécie.