INVESTIGADORES
BALDO Juan Diego
congresos y reuniones científicas
Título:
RELAÇÃO FILOGENÉTICA NO GRUPO PROCERATOPHRYS BIGIBBOSA (ANURA ODONTOPHRYNIDAE).
Autor/es:
SEGER, KARIN REGINA; HADDAD CELIO FERNANDO BAPTISTA; CARMEN SILVA BUSIN; DIEGO BALDO; LUCIANA BOLSONI LOURENÇO
Lugar:
Puce
Reunión:
Congreso; XI Congreso Latinoamericano de Herpetología; 2017
Resumen:
O grupo Proceratophrys bigibbosa apresenta quatro espécies (P. bigibbosa, P. avelinoi, P. brauni e P. palustris) e suas relações filogenéticas permanecem desconhecidas. Algumas dessas espécies apresentam áreas de simpatria e grande similaridade morfológica, levantando questões sobre sua delimitação.Proceratophrys palustris é considerada relictual, pois está restrita à sua localidade-tipo, Poços de Caldas-MG, região de campos montanos, matas de galerias e brejos em áreas abertas ao Sul de Minas Gerais, com altitudede 1400m, condições similares às do sul da América do Sul, onde ocorrem as demais espécies. Tal distribuição geográfica destaca P. bigibbosa como um grupo de interesse em estudos focados no bioma Mata Atlântica. Tivemos por objetivo identificar as relações filogenéticas das espécies do grupo P. bigibbosautilizando sequências nucleotídicas dos genes para RNAr 12S, RNAt-Valina e RNAr 16S de indivíduos de 34 localidades. Compuseram o outgroup 8 indivíduos representantes dos complexos de P. boiei (P. boiei e P. renalis) e P. appendiculata (P appendiculata e P. melanopogon) e do grupo fenético de P. cristiceps (P. goyana, P. concavitympanum, P. moratoi, P. cururu). As sequências foram alinhadas com Clustal W e foi gerada uma matriz composta por 70 OTUs e 2.365 caracteres. Os gaps foram considerados como missing data e as relações filogenéticas foram inferidas pelos critérios de máxima parcimônia (através do programa TNT) e verossimilhança (no programa Mr. Bayes). As árvores mais parcimoniosas foram obtidas por busca heurística, com o comando xmult. O menor comprimento de árvore foi atingido 100 vezes. O suporte dos nós foi avaliado por Bootstrap, baseado em 1000 pseudorréplicas. Para a análise de verossimilhança, o melhor modelo evolutivo (GTR+I+G) foi estimado no Modeltest. As duas análises geraram topologias semelhantes, revelando seis clados principais no grupo P. bigibbosa. A espécie P. brauni foi parafilética em relação a P. palustris, permitindo o reconhecimento de dois clados de P. brauni (P. brauni A e P. brauni B). A distância genética entre P. brauni A e P. brauni B foi de 1,8%, e entre o clado de P. palustris e os clados A e B de P. brauni foi de 2,6% e 2,2%, respectivamente. Proceratophrys brauni e P. palustris diferem em relação ao canto e à morfologia externa. Portanto, uma maior amostragem das espécies é necessária para esclarecer este parafiletismo. Os exemplares de P. avelinoi foram reunidos em um único clado, assim como os de P. bigibbosa. A espécie P. bigibbosa foi inferida como mais basal em relação a todas as outras do grupo, com uma distância genética que variou de 3,8% a 4,4% com relação às demais espécies. O sexto clado agrupou espécimes de 13 localidades e pode representar uma espécie ainda não descrita. Este clado de Proceratophrys sp. foi recuperado como irmão daquele que inclui P. avelinoi, P. brauni A, P. brauni B e P. palustris, e apresentou distâncias genéticas de 3,8% a 4,4% em relação aos cinco demais grandes clados destacados. Os dados aqui apresentados revelam grande diversidade no grupo P. bigibbosa e fornecem novos elementos para uma revisão taxonômica.