INVESTIGADORES
BALDO Juan Diego
congresos y reuniones científicas
Título:
ESTUDOS CROMOSSÔMICOS EM OITO ESPÉCIES DA TRIBO LOPHIOHYLINI MIRANDA-RIBEIRO, 1926 (ANURA, HYLIDAE).
Autor/es:
SUAREZ, PABLO; CARDOZO, DARIO; BALDO, DIEGO; NAGAMASHI CLEUSA; PIECZARKA, JULIO
Lugar:
Belém
Reunión:
Congreso; III. Congresso Brasileiro de Herpetologia; 2007
Institución organizadora:
Sociedade Brasileira de Herpetologia
Resumen:
A tribo Lophiohylini é atualmente composta por 48 espécies distribuídas em oito gêneros com ampla distribuição geográfica em América do Sul e Central. Destas, apenas 12 espécies tiveram seus cariótipos estudados. No presente estudo são apresentados comparativamente dados das constituições cariotípicas, os padrões de bandeamento C e a localização das regiões organizadoras de nucléolos (Ag-NOR) de 4 espécies de Osteocephalus (O. taurinus, O. buckleyi, O. oophagus e O. sp), 3 de Trachycephalus (T. resinifictrix, T. imitatrix e T. venulosus), de Argenteohyla siemersi pederseni e de uma população de Itapotihyla langsdorsffii. As preparações cromossômicas foram obtidas a partir de medula óssea, testículos e intestino. Os resultados mostram que a maioria das espécies analisadas apresenta um número diplóide (2n) composto por 24 cromossomos e número fundamental de braços autossômicos (NF) de 48. A espécie O. buckleyi diverge por apresentar 2n=28 e NF=50. Esses resultados estão de acordo com os dados da literatura onde, das 12 espécies estudadas, 10 apresentam cariótipo com 2n=24 e NF=48. Apenas duas espécies de Osteopilus divergiram do 2n=24 (O. wilderi com 2n=28; NF=52 e O. brunneus 2n=34; NF=48). A origem destas variações no 2n pode ser explicada por fissões cromossômicas a partir de um cariótipo ancestral 2n=24. Posteriores eventos de inversões pericêntricas seriam as responsáveis das variações observadas no NF. Como na maioria dos Lophiohylini, as espécies aqui analisadas também apresentaram um par cromossômico portador de Constrições Secundarias (CS) e Ag-NORs localizado entre os pares cromossômicos menores do complemento. Embora não exista um consenso entre os diversos autores ao respeito da posição deste par cromossômico nas espécies já estudadas, as diferenças poderiam ser apenas um reflexo da dificuldade para estabelecer as homeologias cromossômicas e/ou diferentes critérios no ordenamento cromossômico, mais do que diferenças nos estados do caráter. Já no caso de A. siemersi pederseni, as CS e Ag-NOR se localizam no 5º par cromossômico. Coincidentemente, sítios frágeis nesta mesma posição foram observados em espécimes de duas populações de T. venulosus e 3 das 4 espécies de Osteocephalus analisadas no presente trabalho, semelhante ao já descrito na literatura para O. taurinus. Apenas em O. buckleyi não foi observado sítios frágeis. Técnicas com maior poder resolutivo poderiam detectar a possível presencia de cistrons ribossomais inativos. Dados levantados da bibliografia, assim como os aqui apresentados revelam que na maioria das espécies de Lophiohylini, o padrão de bandeamento C se caracteriza por apresentar bandas C centroméricas em quase todos os cromossomos do complemento sendo as CS e Ag-NORs levemente C positivas e alguns pares cromossômicos com bandas distais. Adicionalmente, nas espécies aqui analisadas de Osteocephalus, também foi registrada a presença de bandas intersticiais em alguns dos pares cromossômicos menores do complemento. Técnicas de maior poder resolutivo que possam caracterizar melhor as homeologias cromossômicas, assim como dados cromossômicos dos gêneros Phyllodytes e Tepuihyla poderão contribuir para esclarecer as características da evolução cromossômica nas espécies da tribo Lophiohylini.