Caminhos de construção pedagógica descolonizadora na Educação em Ciências Naturais, Ambiental e em Saúde

DUMRAUF, A.

Aprendizagens, experiências, sensibilidades e resistências: estratégias para enfrentar as desigualdades na educação

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto NUTES de Educação em Ciências e Saúde

Lugar: Rio de Janeiro; Año: 2020; p. 102 - 124

Partimos da caracterização de um campo de intervenções e pesquisas (no qual podemos englobar a educação em ciências naturais, ambientais e em saúde) que está predominantemente despolitizado, que é eurocêntrico, disciplinar, sexista e racista. Partindo de esta caracterização, o que pretendemos é construir e consolidar novos territórios epistêmicos, que valorizem saberes, sujeitos e relações. E então faz bastante tempo, mais de 10 anos que estamos trabalhando com movimentos sociais rurais e urbanos e docentes que trabalham na Educação Pública, na construção de propostas pedagógicas que tentamos sejam descolonizadoras.Entendemos que uma perspectiva descolonizadora confronta com o olhar colonizado que, a partir de um padrão de poder, domina e coloniza os sujeitos, o conhecimento e sua história. E quando dizemos os sujeitos, também dizemos suas identidades, formas de sentir, de viver, de pensar. Nesse caso, as práticas descolonizadoras implicariam uma apelação à legitimidade, à dignidade, à igualdade, à equidade e ao respeito pelo que é próprio, e um incentivo para a criação de outros modos de pensar, de ser, de estar, de aprender, de ensinar, de sonhar e de viver,