INVESTIGADORES
SILVEIRA Maria Laura
artículos
Título:
Introdução ao Dossiê Argentina: território usado, urbanização e circuitos da economia urbana
Autor/es:
SILVEIRA, MARÍA LAURA (AUTORA Y COORDINADORA)
Revista:
Boletim Campineiro de Geografia
Editorial:
AGB-Campinas (Associação de Geógrafos Brasileiros - Seção Campinas)
Referencias:
Lugar: Campinas; Año: 2018 vol. 8 p. 9 - 18
Resumen:
NOTA ACLARATORIA: INCLUIMOS ESTA INTRODUCCIÓN AL DOSSIER DEL BOLETIM CAMPINEIRO DE GEOGRAFIA COMO ARTÍCULO PORQUE NO SE TRATA DE UN RESUMEN DEL CONTENIDO DE LA REVISTA, SINO DE UN APORTE A LA CONCEPTUALIZACIÓN E INTERPRETACIÓN DEL ÁREA CONCENTRADA DE ARGENTINA, TEMA DESARROLLADO EN EL PIP EN CURSO. LOS ARTÍCULOS CORRESPONDEN A ALGUNOS DE LOS INTEGRANTES DEL MENCIONADO PIP.Cada período histórico produz um espaço geográfico, constituído por conteúdos técnicos e normativos herdados sobre os quais são desenvolvidas as novas ações, orientadas a criar objetos e normas necessários ou funcionais ao tempo presente. A esse processo pelo qual o espaço incorpora dados centrais do período histórico vigente que importam em transformações materiais e organizacionais podemos denominar modernização. Não se trata de uma concepção linear de desenvolvimento ou de difusão de um padrão europeu de civilização no mundo inteiro, própria de debates ultrapassados, mas de compreender cada modernização como a configuração de uma divisão territorial do trabalho hegemônica. Contudo, é o termo no plural ? modernizações ? o que nos permitiria apreender a coerência do tempo histórico, já que é um processo incessante e dialético.Espaço geográfico e território usado são vistos aqui como sinônimos(SANTOS, 1994; SANTOS; SILVEIRA, 2001), uma vez que nos referimos, com ambos os conceitos, à interdependência e indissociabilidade entre materialidade eação humana, entre o território já utilizado e o território sendo usado. É dessemodo que podemos ver a globalização na sua realidade histórica, para além da sua constituição discursiva.Entretanto, o uso do território resulta de múltiplas determinações intrínsecasaos diversos níveis de decisão dos agentes que conformam divisões do trabalho,sucessivas e sobrepostas. Exercido na mediação dos objetos e das normas, o poder desigual dos agentes se corporifica na seletividade da modernização. As firmas produzem suas próprias divisões do trabalho ao estabelecer pontos e áreas como bases da sua produção, circulação e consumo. Uma empresa existe graças a essa topologia e, consideradas em conjunto, as topologias fazem do território um rendilhado, tanto mais amplo e denso quanto maiores sejam as possibilidades técnicas de separar as etapas da produção, nas diferentes regiões do país e inclusiveno exterior, e as vantagens oferecidas pelo poder público. Na linha de pesquisa que desenvolvemos1, a questão fundamental é encontraras evidências de uma nova divisão territorial do trabalho, isto é, os indícios de um processo de modernização que revela a substituição de uma divisão territorial do trabalho por outra. Não podemos esquecer que cada momento do processo de urbanização é inerente a uma dada divisão territorial do trabalho. Isto significa que a urbanização pode acelerar-se e criar ou reforçar grandes corpos urbanos como asmetrópoles, aumentar o número e tamanho das cidades médias e multiplicar ou diminuir as pequenas aglomerações. Daí a constituição de áreas polarizadoras epolarizadas, cuja explicação não pode ser encontrada unicamente nas hierarquias urbanas herdadas mas, sobretudo, nos dados novos do período, tais como as relações amplas e extrovertidas provocadas pela instalação de uma etapa da produção de uma grande empresa ou pelo desenvolvimento de serviços quaternários. Essa nova geografia é consequência, e de alguma maneira causa, das relações entre o Estado e as novas formas de organização da produção.