IECH   26002
INSTITUTO DE ESTUDIOS CRITICOS EN HUMANIDADES
Unidad Ejecutora - UE
congresos y reuniones científicas
Título:
Os espelhos na literatura brasileira contemporânea
Autor/es:
MOLINA, CRISTIAN
Lugar:
Brasília
Reunión:
Simposio; VII Simpósio Internacional sobre literatura brasileira contemporanea; 2016
Institución organizadora:
Grupo de Estudos em Literatura Brasileira - UNB
Resumen:
Em a literatura brasileira contemporânea há uma proliferação ou insistência em escrever espelhos na ficção numa constelação estendida de autores e práticas.Assim, em "Marylin no Inferno" (1980), uma história que pertence a O cego e a dançarina, de João Gilberto Noll, uma mulher com traços indígenas brasileiros maquila-se perante um espelho para fazer de um mexicano em um western. O romance Benjamin (1991), de Chico Buarque, começa quando o modelo anônimo Benjamin fecha os olhos e finge ver sua vida em um filme, enquanto no espelho do elevador, Ariela olha e fala para sí mesma. Em Cordilheira (2008), de Daniel Galera, o pai de Anita olha como ela penteia seu cabelo no espelho e fica petrificado. Em Divórcio (2013) de Ricardo Lísias, Ricardo Lísias olha-se no espelho imediatamente após da separação de sua esposa para verificar que tem o corpo sem pele.Nestas ficções e até mesmo na produção de cada um dos autores, a partir de diferentes perspectivas, os espelhos não se referem ao problema do original e da cópia, nem mesmo do dobro ou da copia, mas revelam um dos estados da ficção brasileira contemporânea sobre a autoria em um mundo onde a imagem tornou-se o elemento dominante da comunicação e das artes na sociedade globalizada do capitalismo de mercado.