IDEAN   23403
INSTITUTO DE ESTUDIOS ANDINOS "DON PABLO GROEBER"
Unidad Ejecutora - UE
congresos y reuniones científicas
Título:
Segundo propostas tectonoestratigráficas recentes, a Formação Sanga do Cabral e suas correspondentes litoestratigráficas na Argentina (Formações Talampaya, Tarjados e Puesto Viejo) e no Uruguai (Formação Buena Vista) representariam seqüências deposicionai
Autor/es:
ATILA DA-ROSA; DIAS-DA-SILVA, SERGIO; PINEIRO, GRACIELA; MARSICANO, CLAUDIA
Lugar:
Rio de Janeiro
Reunión:
Simposio; VII Simposio Brasileiro Paleontologia de Vertebrados; 2010
Institución organizadora:
Universidad de Rio de Janeiro
Resumen:
Segundo propostas tectonoestratigráficas recentes, a Formação Sanga do Cabral e suas correspondentes litoestratigráficas na Argentina (Formações Talampaya, Tarjados e Puesto Viejo) e no Uruguai (Formação Buena Vista) representariam seqüências deposicionais de Segunda Ordem, tectonicamente controladas, tendo como área fonte o cinturão Gondwanides.  Entretanto, diferenças quanto à sua faciologia e, especialmente, quanto ao conteúdo faunístico, colocam em dúvida a sua sincronicidade. Com base em afloramentos conhecidos e novos da Formação Sanga do Cabral (FSC) e em reconhecimento geológico da Formação Buena Vista (FBV) nas proximidades de Melo, Uruguay, pode-se estabelecer uma correlação preliminar entre as duas formações, com base em suas características litofaciológicas, tafonômicas, proveniência e diagênese. Com relação às litofácies, a FSC é composta por arenitos finos alaranjados, cortados por lentes de arenitos médios e conglomerados intraformacionais, depositados em um ambiente fluvial efêmero de baixa sinuosidade, com sandsheets e intraclastos argilosos, passando ao topo para ciclos com intraclastos de argilitos, arenitos e carbonatos, paleocorrente para NE, localizada preservação de níveis argilosos, e falhas NW limitando blocos estruturais. A FBV, por sua vez, além das litofácies antes citadas, possui na base um pacote de ortoconglomerados oligomíticos, formados em um ambiente fluvial efêmero desconfinado, com intraclastos argilosos angulosos de grande tamanho (até 60 cm de diâmetro), passando ao topo para ciclos com intraclastos de argilitos e arenitos, paleocorrente para N, limite norte da área de afloramentos marcado por falhas NW. Com relação à tafonomia, a FSC apresenta material fóssil desarticulado a semi-articulado, fragmentário, esbranquiçado, com preservação por permineralização e substituição carbonática, com localizada incrustação carbonática microcristalina, graus baixos a moderados de abrasão pré-soterramento, e hidromorfismo freático localizado. A FBV apresenta material fóssil desarticulado e fragmentário a articulado, esbranquiçado ou acinzentado até negro, com preservação por permineralização e substituição carbonática, com pouca incrustação carbonática microcristalina, graus baixos a moderados de abrasão pré-soterramento, e hidromorfismo freático localizado. A proveniência do arcabouço da FSC, em termos petrográficos, é composta por clastos angulosos a subangulosos de quartzo mono e policristalino e raros grãos de feldspatos, micas e intraclastos síltico-argilosos oxidados, sem ou com baixíssimo grau de retrabalhamento eólico, da mesma forma que a FBV. Em termos diagenéticos, em ambas formações se observa uma forte carbonatação eodiagenética, com a formação de calcita poiquilotópica. Uma interpretação paleoambiental de ambas formações permite sugerir que um amplo sistema fluvial possivelmente migrou diacronicamente para norte, a partir do soerguimento da área fonte ou pela geração de espaço sedimentar no depocentro da bacia. Como possibilidade de correlação, se FSC e FBV não são coevas, sua proximidade (poucas centenas de quilômetros) e semelhança geológica permitem sugerir uma deposição em paleoambiente similar, com diacronismo a ser melhor estudado.