INCIHUSA   20883
INSTITUTO DE CIENCIAS HUMANAS, SOCIALES Y AMBIENTALES
Unidad Ejecutora - UE
capítulos de libros
Título:
Weber, Foucault e as ciências sociais hoje: é possível pensar os processos de socialização e subjetivação no século XXI com estes autores?
Autor/es:
LÓPEZ RUIZ, OSVALDO JAVIER
Libro:
Max Weber e Michel Foucault. Paralelas e Intersecções
Editorial:
EdUC, FAPESP, FFLCH
Referencias:
Lugar: San Paulo; Año: 2018; p. 297 - 322
Resumen:
O capítulo levanta a questão sobre as condições de possibilidade hoje para um pensamento que seja verdadeiramente reflexivo e interpretativo (e sendo assim, que possa efetivamente dar conta de nossa atualidade) nos moldes do que era a forma de trabalhar de autores como Weber e Foucault. Partindo de que a transformação das ciências sociais tem levado, por uma parte, à diluição dos limites entre as disciplinas, e por outra ao aumento do grau de especialização (com o paradoxo da perdida de uma visão mais global e abrangente em uma sociedade que se globaliza), pergunta-se sobre as possibilidades concretas de um pensamento com espírito generalista, nas primeiras décadas do século XXI, para desenvolver um trabalho reflexivo e interpretativo efetivo. Há tempo hoje para desenvolver um trabalho erudito e verdadeiramente genealógico, como os de Weber e Foucault, sobre certos aspetos de nossa atualidade? É possível se debruçar sobre o estudo aprofundado de autores clássicos diante das pressões "produtivistas" do mundo acadêmico e suas exigências crescentes por "resultados"? Portanto, qual é a atualidade e a utilidade destes autores neste contexto da sociedade e das ciências sociais? Eis uns dos eixos deste capítulo que, para abordar essas questões, primeiro vai revisar o sentido político de uma ética do eu para Foucault (como lugar primeiro e fundamental de resistência ao poder) e, depois, o sentido de um "estilo de vida" ético para Weber como formas de conduzir a vida a partir de máximas cuja violação implica uma falta ao dever. Assim, as perguntas são direcionadas para os processos de socialização (a ordem social predominante e seus valores) e de subjetivação (a relação do sujeito com a verdade) e o tipo de homem que eles promovem e favorecem.