INGEOSUR   20376
INSTITUTO GEOLOGICO DEL SUR
Unidad Ejecutora - UE
congresos y reuniones científicas
Título:
Sobre a occorrëncia de Enneadocysta dictyostila nas associaçöes de cistos de dinoflagelados do Eoceno de Bacia de Pelotas e seu significado paleoceanogràfico.
Autor/es:
PREMOAR, EDUARDO; SOUZA, P.A.; FERREIRA, E.P.; GUERSTEIN, G.R.
Lugar:
Río de Janeiro
Reunión:
Simposio; XIV Simposio Brasileiro de Paleobotánica e Palinologia; 2013
Institución organizadora:
Museo Nacional UFRJ
Resumen:
Em alguns intervalos do Cenozóico, espécies de cistos de dinoflagelados ocorrem com significativa abundância em determinadas paleolatitudes, como reflexo de condições paleoambientais particulares. Estudos palinológicos desenvolvidos em uma seção eocênica da Bacia de Pelotas (poço BP-01, Rio Grande do Sul) revelaram um predomínio do fitoplâncton marinho em relação aos esporomorfos, que são registrados mais raramente. Dentre os cistos de dinoflagelados, espécies dos gêneros Deflandrea, Spiniferites, Thalassiphora e Enneadocysta, são dominantes no intervalo analisado (2.539,10 ? 2.544,65 m). Em determinados níveis, Enneadocysta dictyostila compõe mais de 80% da associação, configurando uma floração (?bloom?). As altas concentrações de Enneadocysta dictyostila não eram esperadas na Bacia de Pelotas. O gênero Enneadocysta tem sido registrado em grandes frequências em depósitos do Eoceno Médio do Atlântico sul-ocidental, onde perfaz até mais que 50 % das associações de dinoflagelados, como resultado de um sistema de paleocirculação oceânico, que conferiu certo grau de endemismo às espécies do gênero durante o Eoceno. No Brasil, frequências significativas de Enneadocysta dictyostila também foram registradas na Bacia de Santos (dados inéditos) e na Bacia de Sergipe. Dessa forma, a distribuição paleogeográfica destes eventos de floração do gênero durante pelo menos parte do Eoceno seria ampliada. Esses novos dados lançam algumas questões a serem investigadas em trabalhos futuros, dentre as quais sobre a influência das paleocorrentes oceânicas na distribuição do gênero nas bacias do Atlântico Sul. Além disso, o endemismo do gênero como componente da denominada ?Flora Transantártica?? é colocado em dúvida, face à carência de dados das bacias de latitudes relativamente mais baixas e às novas informações advindas das bacias brasileiras, com destaque a este novo registro da Bacia de Pelotas.