CICYTTP   12500
CENTRO DE INVESTIGACION CIENTIFICA Y DE TRANSFERENCIA TECNOLOGICA A LA PRODUCCION
Unidad Ejecutora - UE
congresos y reuniones científicas
Título:
Avaliação da eficiência de proteções para ninhos de Podocnemis unifilis (Testudines, Podocnemididae) em praias do rio Javaés, entorno do Parque Nacional do Araguaia, Tocantins
Autor/es:
MONTELO, K. M. ; PRADO, T. R. L. ; MALVASIO, A. ; PORTELINHA, T. C. G.
Lugar:
Pirenópolis - GO. Brasil.
Reunión:
Congreso; IV Congresso Brasileiro de Herpetologia; 2009
Institución organizadora:
Sociedade Brasileira de Herpetologia
Resumen:
Podocnemis unifilis (tracajá) está entre os maiores quelônios aquáticos sul-americanos, apresenta uma ampla distribuição territorial e habita rios, riachos, lagos e áreas alagadas das bacias amazônica e Orinoco. No estado do Tocantins é uma espécie com importância social e econômica, sendo utilizada como alimento e adorno por diversas comunidades. P. unifilis desova em extensos bancos de areia às margens do rio Javaés, no Parque Nacional do Araguaia e seu entorno. Tem postura com cerca de 15 a 25 ovos, os ninhos (covas) apresentam aproximadamente 20 cm de profundidade e o período de incubação varia em torno de 60 dias. Em virtude dessa espécie apresentar covas rasas, e um período de incubação consideravelmente longo ficam sujeitas a predações tanto dos ovos quanto dos filhotes. Faz-se necessário medidas que miniminizem esse impacto, atualmente são colocadas proteções, feitas com ferro e cobertas com telas e/ou arames, em cima dos ninhos, logo depois da desova, com a finalidade de conservá-los intactos até a eclosão . Neste trabalho pretende se avaliar a eficiência das proteções em ninhos de P. unifilis e identificar seus principais predadores. Foram monitorados 5 praias (Canguçu, Coco, Goiaba, Comprida e Bonita) da margem direita do rio Javaés, entorno do Parque Nacional do Araguaia, Tocantins, onde avaliou-se a distribuição desses ninhos durante a estação de desova e eclosão em 2007 e 2008. Os ninhos foram localizados através dos rastros deixados pelas fêmeas ao saírem da água. Para a marcação era introduzida uma fina estaca (piquete) de madeira de 0,6 m de comprimento devidamente numerada, anotava-se o dia e o número da mesma e para a proteção dos ninhos colocou-se uma armação de ferro coberta com uma tela metálica permitindo a passagem do ar, calor e umidade. Foram marcados 134 ninhos na temporada de 2007, desses 53 (39,55%) receberam a proteção de tela, 7 ninhos (13,20%) encontrava-se totalmente predados (tp) e 3 (5,66%) parcialmente predados (pp). Dos ninhos marcados 81 (60,44%) não receberam a proteção, portanto 60 (74,07%) foram totalmente predados (tp), 12 (14,81%) foram parcialmente predados (pp). Na temporada de 2008 foram marcados 146 ninhos, dos quais 117 (80,13%) receberam a proteção, 33 (28,20%) foram totalmente predados (tp) e 3 (2,56%) parcialmente predados. Dos ninhos marcados nesta temporada 29 (19,86%) não foram protegidos, 13 (44,82%) foram totalmente predados (tp) e 3 (10,34%) foram parcialmente predados (pp). Não foi possível identificar todos os predadores, mas os principais são: Coragyps atratus (urubu), Polyborus plancus (carcará) e o Tupinambis sp. (largato tiú). Observou que em ninhos não protegidos ocorre mais predações devido a sua susceptibilidade por estarem descobertos, as proteções são eficazes no intuito de evitar a predação, portanto recomenda-se o uso da proteção de tela em projetos de conservação e manejo de ninhos de P. unifilis.