CICYTTP   12500
CENTRO DE INVESTIGACION CIENTIFICA Y DE TRANSFERENCIA TECNOLOGICA A LA PRODUCCION
Unidad Ejecutora - UE
capítulos de libros
Título:
Previsao temporal da distribuicao espacial do desmatamento no interfluvio Purus-Madeira ate o Ano 2050.
Autor/es:
FRANCISCO DARÍO MALDONADO; EDWIN WILLEM KEISER; PAULO MAURICIO GRAÇA; PHILIP MARTIN FEARNSIDE; CLAUDIA MARIE VITEL
Libro:
Río Purus: Água, Territorio e Sociedade na Amazonia Sul-Occidental.
Editorial:
LibriMundi
Referencias:
Lugar: Goiania; Año: 2011; p. 183 - 196
Resumen:
A parte central de Amazônia possui grande importância para o desenvolvimento econômico dos estados do norte do Brasil, pois através dela será construída uma estrada que comunica as capitais do Estado de Amazonas e Roraima com o resto do Brasil. A construção dessa obra, ao longo do interflúvio dos rios Purus e Madeira, permitirá o acesso à ocupação humana de uma grande área no centro da floresta amazônica, além de comunicação e transporte entre a cidade de Manaus e o resto do Brasil. A maior parte de essas áreas são cobiçadas pela atividade agropecuária para implantação de pastagens e cultivos de soja. O objetivo deste trabalho foi obter mapas de previsão anual do avanço do desmatamento no interflúvio Purus-Madeira até o ano 2050, através da simulação com um modelo espacial. O objetivo secundário foi a análise espacial para estimar alguns dos efeitos ambientais (impacto sobre serviços ambientais) que poderão ocorrer no futuro. Para a previsão foi utilizado o modelo espacial Agroeco baseado no software Dinamica EGO (Environment for Geoprocessing Objects), cujo processamento é chamado de autômato celular. A principal premissa de funcionamento desse modelo considera o desmatamento um fenômeno conduzido principalmente pela expansão da rede de viária e a probabilidade de desmatamento num ponto do mapa está definida pela avaliação de sua situação espacial em relação às variáveis ambientais e à pressão antrópica. Da análise dos resultados podemos concluir que em 2020 a largura da faixa de terrenos desmatados será de 15 km em média, o que dificultará a dispersão de muitos animais e plantas, além de degradar as nascente e assorear os riachos, alterando também o ambiente aquático numa área ainda maior. Em 2050 aparecerá uma ampla faixa desflorestada que separará o bloco amazônico em duas partes uma ao leste e outra ao oeste. Nesse ano a faixa prevista pelo modelo terá 60 km de largura em média, o que terá alto impacto sobre a maioria das populações de animais e plantas, especialmente as que têm como limites biológicos os rios Purus e Madeira, além de alterar processos macro-ecológicos que podem afetar a toda Amazônia.