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Paullinia L. é um dos grandes gêneros da tribo Paullinieae, com ca. 180-200 espécies. Possui distribuição neotropical, com exceção de P. pinnata que ocorre também na África tropical e Madagascar. Paullinia constitui-se em lianas de médio a grande porte, que habitam geralmente o interior das florestas, muitas atingindo o dossel; também ocorrem em áreas degradadas. Um estudo florístico vem sendo conduzido desde 2004 em remanescentes de floresta montana no sul da Bahia, incluindo levantamentos, estudos fitossociológicos e fenológicos. Os estudos são focados principalmente em três municípios: Arataca, Barro Preto e Camacan. Estes municípios abrangem ambientes de floresta ombrófila densa, restritos aos topos dos morros, geralmente a partir dos 600 m de altitude. Entre as famílias amostradas, Sapindaceae apresenta 19 espécies distribuídas em cinco gêneros. Dentre estes, Paullinia é o mais diverso, com sete espécies: P. sp. nov., P. carpopoda, P. ferruginea, P. micrantha, P. racemosa, P. revoluta e P. rubiginosa. Destaca-se o registro de um táxon, Paullinia sp. nov., com folhas unifolioladas, característica única no gênero. Os principais caracteres utilizados para diferenciar as espécies são: grau de divisão da lâmina, número de folíolos, margem foliar, tipo de indumento presente nas partes vegetativas e reprodutivas, morfologia e duração da estípula, forma da cápsula, tipo de indumento no epicarpo e endocarpo, presença de alas e o número de sementes por fruto. Se presenta uma clave para reconocer lãs espécies, se describen e ilustran las mismas.