CEPAVE   05420
CENTRO DE ESTUDIOS PARASITOLOGICOS Y DE VECTORES
Unidad Ejecutora - UE
capítulos de libros
Título:
Uso de Protozoários Entomopatogênicos em Programas de Controle Microbiano nos Países Latino Americanos
Autor/es:
GARCÍA, JUAN JÓSE; MICIELI, MARÍA VICTORIA; MARTI, GERARDO ANIBAL; PELIZZA, SEBASTIAN ALBERTO
Libro:
Controle microbiano de pragas na América Latina. Avancos e desafios
Editorial:
Fundacao de Estudos Agrários Luiz de Queiros – FEALQ - Univ. Sao Paulo.Brasil.S. Alves & R. B. Lopes (Eds.).
Referencias:
Lugar: Sao Paulo. Brasil.; Año: 2008; p. 203 - 214
Resumen:
Os protozoários são um grupo diverso e heterogêneo de microorganismos eucariontes unicelulares. Muitos grupos de protozoários, incluindo os flagelados, amebas, Apicomplexa (gregarinídeos, coccídeos), microsporídeos e ciliados, associam-se aos insetos com relações que variam de comensalismo à patogenicidade. Ao contrário dos vírus, bactérias, ou fungos entomopatogênicos, poucos protozoários possuem alta virulência ou ação rápida nos invertebrados hospedeiros. A maioria das espécies produz infecções crônicas caracterizadas por uma debilitação geral do inseto, matando seus hospedeiros lentamente por mal funcionamento e destruição de órgãos internos ou privando o hospedeiro de suas reservas essenciais. Assim, os protozoários são considerados um dos candidatos com grande potencial para o uso como inseticida microbiano à longo prazo (McLaughlin, 1971; Cannig, 1982).             A maioria do protozoários de insetos com potencial para atuação como agentes de biocontrole são obrigatoriamente parasitas intracelulares formadores de esporos de resistência ou cistos e devem ser produzidos usando-se hospedeiros vivos. Esse método é mais difícil e mais oneroso que a produção de bactérias e fungos, que utilizam tecnologia de fermentação ou produção em meios artificiais. O armazenamento das fases infectivas dos protozoários, a longo prazo, é difícil e a persistência de fases não esporogênicas, em condições de campo, é de duração curta. A maioria dos protozoários tem uma gama de hospedeiros limitada, infectando, freqüentemente, uma única espécie ou gênero.             São poucas as tentativas para se avaliar a eficácia em campo de protozoários entomopatogênicos (McLaughlin, 1971; Tanada, 1976; Canning, 1982; Wilson, 1982). A maioria das tentativas envolveu microsporídeos e neogregarídeos contra lepidópteros, coleópteros, dípteros e ortópteros, de ocorrência em florestas, campos de produção, pastagens, ou em hábitats aquáticos. Formulações de protozoários vêm sendo aplicadas em pulverização ou iscas, contudo, pouco esforço foi feito para determinar a compatibilidade dessas formulações com adjuvantes ou inseticidas. A falta de informações sobre o impacto em organismos não alvo e a necessidade do aumento de pesquisas nas áreas de formulação e tecnologia de aplicação limitam atualmente o uso de protozoários como inseticidas microbianos.             Embora os protozoários possam ser importantes como agentes reguladores naturais, o uso deles como inseticidas microbianos em programas de controle biológicos na América Latina é limitado.