INALI   02622
INSTITUTO NACIONAL DE LIMNOLOGIA
Unidad Ejecutora - UE
congresos y reuniones científicas
Título:
Toxicidade da nanoprata no peixe zebra (Danio rerio, Cyprinidae) e na comunidade bacteriana associada à superficie do peixe
Autor/es:
BACCHETTA CARLA, LÓPEZ GERARDO, PAGANO GISELA, FELL MARQUES BIANCA, CORDEIRO LUCAS, MONSERRAT JOSÉ
Lugar:
Santa María
Reunión:
Workshop; V Workshop em Nanociências; 2011
Institución organizadora:
Mestrado em Nanociências - UNIFRA
Resumen:
A utilização de nanopartículas de prata possuem grande potencialidade aplicação em áreas biomédicas em função de suas propriedades bactericidas (Chen e Schluesener, 2008). No entanto, poucos trabalhos tem avaliado o risco ambiental associado à nanoprodutos contendo prata, ainda levando em conta interações como ser floras microbianas ou comunidades bacterianas associadas à organismos aquáticos (Choi et al., 2008). Tendo em vista esta problemática os objetivos deste trabalho foram: (a) avaliar respostas bioquímicas em brânquias e cérebro do peixe zebra Danio rerio (Cyprinidae) em decorrência da exposição à nanoprata; e (b) avaliar os efeitos bactericidas da nanoprata na comunidade bacteriana associada à superficie do corpo da espécie de peixe acima citada. Os peixes zebra foram expostos durante 24 h a 25, 50 ou 100 µg de nanoprata/L. Um grupo controle (CTR) foi mantido na água do ensaio (28 oC, pH 6-7, concentração de oxigênio 7,2 mg/L) sem adição de nanoprata. As variáveis analisadas foram: (1) capacidade antioxidante total contra peroxi radicais em brânquias e cérebro dos peixes; (2) dano oxidativo lipídico (ensaio TBARS) em brânquias de D. rerio; (3) quantidade de bactérias e velocidade de crescimento bacteriano de comunidades isoladas da superfície do corpo de D. rerio e exposto as diferentes concentrações de nanoprata. Os resultados obtidos mostraram que: (i) a capacidade antioxidante total contra peroxi-radicais não foi afetada em brânquias (p>0,05), enquanto que houve uma queda significativa da capacidade antioxidante no cérebro dos peixes expostos à maior concentração de nanoprata (100 µg/L). (ii) não foi verificado dano oxidativo lipídico nas brânquias dos peixes expostos à nanoprata quando comparados com o grupo CTR (p>0,05). (iii) houve queda significativa (p<0,05) na quantidade de unidades formadoras de colônias (UFC) que cresceram nos isolados de comunidades dos peixes expostos à 50 ou 100 µg/L (40-60 UFC) quando comparado ao grupo CTR (359 UFC). (iv) houve queda significativa (p<0,05) na velocidade de crescimento de UFC extraídas da superfície de peixes expostos a 100 µg de nanoprata/L (13,5 ± 1,3 UFC/hora) quando comparado com o grupo CTR (46,6 ± 5,3 UFC/h). Os resultados obtidos permitem afirmar o potencial efeito tóxico que formulações de nanoprata podem exercer, ainda sugerindo a possibilidade de indução de neurotoxicidade, toda vez que a capacidade do cérebro foi afetada. O fato das comunidades bacterianas associadas à superfície corporal de D. rerio terem diminuído sua densidade e velocidade de crescimento indica o riso ambiental que a nanoprata pode gerar.   REFERÊNCIAS   Chen, X., Schluesener, H.J. (2008). Nanosilver: A nanoproduct in medical application. Toxicol. Lett., 176: 1-12.   Choi, O., Kanjun Deng, K., Kim, N-J., Ross, L., Surampalli, R.Y., Hu, Z. (2008). The inhibitory effects of silver nanoparticles, silver íons, and silver chloride colloids on microbial growth. Water Res., 42: 3066-3074.