INALI   02622
INSTITUTO NACIONAL DE LIMNOLOGIA
Unidad Ejecutora - UE
capítulos de libros
Título:
Limnologia fluvial na América do Sul: um comentário sobre alguns de seus pioneiros e suas contribuições
Autor/es:
JOSÉ ANTONIO ARENAS-IBARRA; MARTÍN CÉSAR MARÍA BLETTLER; LUÍS ALBERTO ESPÍNOLA
Libro:
Ecológos e suas Histórias: um olhar sobre a construção das ideias ecológicas
Editorial:
EDUEM
Referencias:
Lugar: Maringá; Año: 2010; p. 211 - 260
Resumen:
Harald Sioli foi um dos pioneiros da limnologia amazônica, do estudo dos rios dessa região sob a ótica da ecologia de paisagem. Suas numerosas linhas de pesquisa em limnologia, geomorfologia, geologia, botânica, malacologia médica, ecologia e biologia da conservação lhe proporcionaram uma perspectiva privilegiada da paisagem amazônica, conferindo-lhe a habilidade de conciliar áreas tão distintas para a elaboração de conceitos interdisciplinares. Sua visão de que as águas dos rios são resultantes dos processos que ocorrem nas diferentes paisagens da bacia de drenagem foi fundamental para que se deixasse de estudar os rios de planície como lagos, o que ainda hoje sofre com a resistência de alguns limnólogos.   Juan José Neiff teve contato e foi fortemente influenciado por Sioli. Pode ser considerado um herdeiro digno do investigador alemão na visão paisagística dos sistemas fluviais. Mas, não contente com isso, Neiff ganhou seu lugar na história por ser um dos grandes provocadores da limnologia atual. Seus textos são um constante convite à reflexão e revisão de conceitos, incluindo aqueles de sua autoria. Fiel à sua máxima de que quem melhor conceitua o sistema em  estudo é quem tem melhores possibilidades de êxito em alcançar sua compreensão e explicação, Neiff já revisou e modificou conceitos tais como o de pulso e planície de inundação, conectividade, áreas úmidas, ecossistema e ecótono, dando-se ao luxo, inclusive, de sugerir uma nova ciência para o estudo dos rios. Seus escritos, de profundo conteúdo teórico, são um exercício interessante para recordar que o importante é nunca deixarmos de fazer perguntas, uma brisa refrescante em uma ciência como a limnologia tão tendenciosa, sobretudo em nossa região, ao estilo dogmático.