MACNBR   00242
MUSEO ARGENTINO DE CIENCIAS NATURALES "BERNARDINO RIVADAVIA"
Unidad Ejecutora - UE
congresos y reuniones científicas
Título:
Associando machos e fêmeas de Micrathena (Araneae: Araneidae), um gênero de aranhas sexualmente dimórficas, usando diferentes fontes de dados
Autor/es:
IVAN LUIZ FIORINI DE MAGALHÃES; ANDRÉ AMARAL NOGUEIRA; ADALBERTO J. SANTOS
Lugar:
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Reunión:
Simposio; II Simpósio de Zoologia Sistemática; 2014
Resumen:
Muitas aranhas apresentam dimorfismo sexual notável. Isso dificulta a associação de machos a fêmeas, principalmente em grupos diversificados com várias espécies simpátricas. Esse é o caso das aranhas espinhosas do gênero Micrathena, que somam 116 espécies de distribuição neotropical, e que se caracterizam por um dimorfismo sexual acentuado. Recentemente, encontramos cinco machos não descritos de Micrathena, e testamos se eles poderiam pertencer a algumas das várias espécies conhecidas apenas por fêmeas. Para isso, usamos três diferentes abordagens: 1) testamos a posição filogenética dos machos e das possíveis fêmeas, usando um conjunto prévio de dados morfológicos; 2) calculamos distâncias genéticas entre espécies/indivíduos, usando um fragmento do gene mitocondrial COI; e 3) examinamos sua distribuição geográfica e coocorrência. Isoladas, ou em combinação, essas abordagens nos permitiram associar os machos não descritos às espécies M. embira Levi, M. reimoseri Mello-Leitão, M. exlinae Levi e M. miles Simon. Descobrimos também que o macho previamente associado a M. bicolor (Keyserling) na verdade pertence a M. yanomami Magalhães & Santos. Todas essas espécies eram conhecidas apenas por poucos registros, algumas apenas de sua localidade-tipo. Com as novas ocorrências, suas áreas de distribuição revelaram-se muito mais amplas. Identificamos também um possível problema envolvendo a associação machos-fêmeas de M. cornuta (Keyserling), M. cucharas (Levi) e M. woytkowskii (Levi): o macho descrito como M. cornuta poderia ser M. woytkowskii, enquanto o macho descrito como M. cucharas poderia ser M. cornuta. Entretanto, nesses casos, não foi possível chegar a uma conclusão definitiva. Em geral, utilizar diferentes fontes de dados para testar a coespecificidade de machos e fêmeas revelou-se uma abordagem útil e funcional, permitindo conclusões mais robustas acerca dos pareamentos propostos.